Alvo ficou feliz em saber que o amigo não estava
morto, porém depois ele se lembrou de que eles estavam brigados e tentou gostar
mais da idéia de ver Escórpio mais arranhado.
– O segundo andar está sob controle – falou ele
para o Prof Buttermere que protegia o grupo das investidas da águia. – Perdemos
alguns livros e Madame Pince foi ferida na perna, mas o Prof Slughorn já deu um
jeito em tudo. Eu não sabia que ele era perito em feitiços de combustão. E
Rosa, – ele se meteu no meio do grupo para falar com a amiga – foi a última vez
que você me mandou estudar em um dia de jogo.
– Argh, socorro! – gritou um aluno do primeiro
ano.
Uns dez alunos da Grifinória e um da Lufa-Lufa
desabaram quando o restante de uma matilha de cães atacava suas pernas.
Certamente aquele cão destruído por Buttermere não estava sozinho, ele tinha
amigos e familiares que estavam transbordando de ódio, sedentos por vingança.
Alvo chutou para longe quando um filhote lhe
rasgara um pedaço da calça, mas logo esqueceu o ferimento quando viu qual foi o
aluno atacado.
Digory era arrastado por dois cães de pedra para
longe. Sua perna tinha as presas das feras cravadas na carne e sangue escorria
por onde ele passava. Seus gritos agonizantes preenchiam toda aquela redondeza,
provocando assombro e pena dos que se distanciavam cada vez mais do menino.
– Digory!
- gritou Alvo empurrando dois alunos mais velhos para longe e se desprendendo
da massa de alunos. Ele não iria deixar que Digory fosse morto por aquelas
feras brutais feitas de pedra. Ele não era Buttermere que deixaria um aluno, um
amigo, seu primo, ser morto naquela investida. Sem se importar consigo mesmo,
Alvo correu como um medroso fugindo da morte, ignorando as dores de seus
ferimentos e a fadiga de seus músculos, já prejudicados pelo jogo de Quadribol.
– Alvo, cuidado com a retaguarda! – gritou Rosa,
sua voz estava muito clara nos ouvidos de Alvo, ela não estava mais com o
grupo. Sim, Rosa o seguira correndo na mesma velocidade que o primo, mas não
estava desacompanhada.
– Faço isso por Digory, Potter – falou Malfoy já
arfando.
Os três percorreram uns dois quilômetros para fora
do castelo perseguindo os cães que prendiam Digory com os dentes. Os gritos do
menino perdiam força conforme ele ficava mais cansado até que as duas feras
caninas feitas de pedras desceram pelo gramado irregular dos campos do colégio
e Digory bateu a cabeça com força no chão, desmaiando.
– Não podemos deixar que eles matem-no – gritou
Alvo correndo em passadas largas e saltando de tempos em tempos.
Vendo que Digory não resistia mais, os cães
deixaram de mordê-lo e o largaram no chão, ainda inerte. Sem prestar atenção em
Alvo, Escórpio e Rosa, que continuavam correndo, os cães começaram a farejar
Digory como um apetitoso filé de carne crua esquecido no chão. Foi seu grande
erro.
O primeiro ataque foi de
Escórpio, que lançou uma Azaração Ferreteante contra um dos cães. Infelizmente,
por um triz de segundo, o cão se deslocou para trás impedindo a azaração de
acertar no alvo, porém, ao explodir o chão e fazer com que
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