seguida Amélia gritou de dor. A garota caiu de
joelhos no chão, com a mão, ainda segurando a varinha sobre o ombro esquerdo.
Havia um rasgão em sua blusa e um corte profundo que vinha da bochecha e quase
se alastrava pelo braço esquerdo da jovem. Sangue fresco irrompia do ferimento
e manchava as vestimentas cor verde mar dela de vermelho.
– Agora é pessoal! – resmungou. Esquecendo-se da
ferida, Amélia saltou para frente da quimera e a deferiu um feitiço no flanco
direito. Aquilo atraíra a atenção da fera para Amélia, que voltou a acender sua
varinha e, saltando por cima de uns entulhos e escombros, encaminhou a quimera
para longe do grupo.
– Professor? – o monitor estava abobalhado, sem
saber se investia para proteger Amélia ou se seguia o caminho pré-ordenado.
– Ela é uma de minhas melhores alunas – disse
Buttermere sozinho, mas Alvo não conseguiu deixar de se intrometer.
Ele não poderia estão se quer cogitando aquela possibilidade. Era um professor, e arriscar a vida
de uma aluna nunca seria a opção correta a se tomar, sendo ela a mais brilhando
ou a mais débil.
– O senhor não pode estar pensando em deixar
Amélia sozinha! – gritou Alvo tentando chegar ao professor. – Você é o
professor de Defesa contra as Artes das Trevas, não um covarde! Haja!
– Lave sua boca antes de falar comigo, Potter! –
retorquiu o professor com uma expressão de profundo ódio e irritação. – Menos
cinqüenta pontos para Sonserina! – Buttermere se voltou para os monitores. –
Vamos continuar em frente.
Sérios, os monitores acataram a decisão do
professor.
Como poderia ele sacrificar a vida de Amélia se
não a dele. Ele era o professor e se
alguma vida devesse correr perigo seria a dele e não da setimanista. E que
maldita hora era aquela para se descontar pontos da casa? Alvo fervilhava de
raiva do professor covarde e desejava que, mesmo que fosse um desejo oriundo e
ele se arrependesse de tê-lo feito muitos dias depois, uma nova fera surgisse
do nada e decapitasse aquele imbecil, um com um golpe só. Infelizmente nada
aconteceu durante uma fração de cinco minutos.
O grupo já havia avançado boa parte das escadarias
quando uma nova criatura avançou contra eles. Era um cão, mas com o porte de um
potro. Tinha dentes tão afiados quanto a quimera, com orelhas pontudas e
alertas e um ronronar de tremer os ossos. Mas antes mesmo que pudesse atacar, o
cão foi enfeitiçado pelo Prof Buttermere, que lhe acertou com um feitiço
explosivo bem no meio do focinho, fazendo-o desabar no chão.
Todavia, mais criaturas estavam na espreita. A enorme
águia que Alvo vira durante o jogo entrou pelas escadarias quebrando meia dúzia
de vidraças e destruindo alguns corrimões das escadas encantadas. Ela era mais
horripilante vista de perto, com olhos como de corvos e um bico afiadíssimo.
– Quem mandou fazer uma águia gigante para o topo
da Torre da Corvinal? – reclamou uma voz conhecida que se juntava ao grupo
naquele instante.
Malfoy saltara de uma escada em movimento para a
que estava o grupo da Grifinória e tentou desferir um feitiço contra a águia de
pedra. Ele tinha o rosto esfolado e uma das mangas rasgadas. Mesmo assim,
parecia estar bem.
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