os alunos estagnados no mesmo local, impedidos de
correr devido ao seu grande número, e terrificados demais para poderem ter
qualquer outra reação, se não, prenderem a respiração.
Assim que a fera saltara do segundo andar para
frente deles, o Prof Buttermere abriu os braços sinalizando para que o grupo
não se movimentasse. Seus olhos estavam atentos a falhas no posicionamento da
besta de pedra ou em seu corpo que, mesmo que fosse fortificado devido ao
encanto, ainda devia ter alguma falha, pois antes não era nada além de uma
simples escultura.
– Pelo menos ela não cospe fogo – comentou o
monitor da Grifinória parecendo não estar com medo da situação que se
encontrava.
– Mas qualquer investida já será fatal – observou
a monitora também estudando a fera.
– Não há outro jeito – disse Buttermere quase que
somente para si, mas como Alvo estava próximo dele, deu para ouvir o que
murmurava. Seus olhos cor de areia molhada não olhavam mais para a quimera de
pedra, mas para o caminho que ela bloqueava. – Vocês não se movam. Vou
distraí-la e forçar que se esqueça de vocês, assim que houver uma abertura que
de para passar, sigam o caminho para sua torre. Monitores, vocês estão no
comando!
– Mas professor! – gritou a monitora da
Grifinória, alta, bonita, com os cabelos escuros lhe cobrindo os ombros. Todos
na escola sabiam que ela nutria uma profunda admiração por Buttermere e,
diferentemente de Alvo, acreditava que ele era o melhor professor de Hogwarts.
– Não há como escapar se não houver uma isca, e no
caso um sacrifício! É como um jogo de senet. Para ganhar, você tem de perder
algumas peças, e nesse caso...
– Confringo!
– berrou alguém.
A orelha esquerda da quimera explodiu em uma
enorme bola de fogo incandescente. Alvo sentiu seu corpo arder com a fervura
proveniente da explosão, e teve de cobrir o rosto para não ser atingido pelas
pedras que saltaram da fera em direção aos alunos.
– Ei, gatinho com bafo de bode, vem me pagar! –
gritou Amélia agitando sua varinha que era encantada para projetar uma pequenina
luz que variava do vermelho ao azul, como um pisca-pisca de Natal, no intuito
de ganhar a atenção da quimera. – Vem me pegar se você é mesmo uma temida
criatura! Eu acho que é só um filhote fedorento. Reducto!
O tronco da fera explodiu, fazendo uma nova chuva
de pedras voar pelos cantos, mas a nova investida só servira para irritar ainda
mais a quimera. A besta de pedra bateu com seus cascos com mais força no chão,
abrindo crateras maiores por onde pisava. Raivosa, ela soltou um urro. Um urro
tão forte que todos os presentes foram forçados a levarem as mãos às orelhas
para não terem os tímpanos perfurados. A intensidade do rugido foi tão grande
que Alvo viu boa parte da vidraça atrás de Amélia – que se desprendera do
grupo, trincar.
– Panonia, volte para cá! – berrou o professor.
Antes mesmo que Amélia
pudesse considerar a proposta do professor, a quimera investiu com sua cauda.
Cortando o ar mais rápido que a Thunderstorm, o rabo de pedra chegou a sumir da
vista dos alunos encurralados por um segundo, e em
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