domingo, 23 de junho de 2013

Percimpotens Locomotor, pág 25



os alunos estagnados no mesmo local, impedidos de correr devido ao seu grande número, e terrificados demais para poderem ter qualquer outra reação, se não, prenderem a respiração.
Assim que a fera saltara do segundo andar para frente deles, o Prof Buttermere abriu os braços sinalizando para que o grupo não se movimentasse. Seus olhos estavam atentos a falhas no posicionamento da besta de pedra ou em seu corpo que, mesmo que fosse fortificado devido ao encanto, ainda devia ter alguma falha, pois antes não era nada além de uma simples escultura.
– Pelo menos ela não cospe fogo – comentou o monitor da Grifinória parecendo não estar com medo da situação que se encontrava.
– Mas qualquer investida já será fatal – observou a monitora também estudando a fera.
– Não há outro jeito – disse Buttermere quase que somente para si, mas como Alvo estava próximo dele, deu para ouvir o que murmurava. Seus olhos cor de areia molhada não olhavam mais para a quimera de pedra, mas para o caminho que ela bloqueava. – Vocês não se movam. Vou distraí-la e forçar que se esqueça de vocês, assim que houver uma abertura que de para passar, sigam o caminho para sua torre. Monitores, vocês estão no comando!
– Mas professor! – gritou a monitora da Grifinória, alta, bonita, com os cabelos escuros lhe cobrindo os ombros. Todos na escola sabiam que ela nutria uma profunda admiração por Buttermere e, diferentemente de Alvo, acreditava que ele era o melhor professor de Hogwarts.
– Não há como escapar se não houver uma isca, e no caso um sacrifício! É como um jogo de senet. Para ganhar, você tem de perder algumas peças, e nesse caso...
Confringo! – berrou alguém.
A orelha esquerda da quimera explodiu em uma enorme bola de fogo incandescente. Alvo sentiu seu corpo arder com a fervura proveniente da explosão, e teve de cobrir o rosto para não ser atingido pelas pedras que saltaram da fera em direção aos alunos.
– Ei, gatinho com bafo de bode, vem me pagar! – gritou Amélia agitando sua varinha que era encantada para projetar uma pequenina luz que variava do vermelho ao azul, como um pisca-pisca de Natal, no intuito de ganhar a atenção da quimera. – Vem me pegar se você é mesmo uma temida criatura! Eu acho que é só um filhote fedorento. Reducto!
O tronco da fera explodiu, fazendo uma nova chuva de pedras voar pelos cantos, mas a nova investida só servira para irritar ainda mais a quimera. A besta de pedra bateu com seus cascos com mais força no chão, abrindo crateras maiores por onde pisava. Raivosa, ela soltou um urro. Um urro tão forte que todos os presentes foram forçados a levarem as mãos às orelhas para não terem os tímpanos perfurados. A intensidade do rugido foi tão grande que Alvo viu boa parte da vidraça atrás de Amélia – que se desprendera do grupo, trincar.
– Panonia, volte para cá! – berrou o professor.
Antes mesmo que Amélia pudesse considerar a proposta do professor, a quimera investiu com sua cauda. Cortando o ar mais rápido que a Thunderstorm, o rabo de pedra chegou a sumir da vista dos alunos encurralados por um segundo, e em

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