segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Revolta da Murta-Que-Geme, pág 22



certa pena de Filch, Alvo deixou escapar um risinho das tentativas falhas do zelador em aprender magia.
– Último crime: Desacato – terminou Filch escrevendo com a pequena metade da pena que ficara em suas mãos. – Castigo...
Filch tentou escrever e falar o castigo que seria aplicado para Alvo, mas seus pulmões não permitiram quando uma onda de ar gélido tomou conta da salinha. Em seguida, Alvo também sentiu suas entranhas gelarem e sua respiração se tornar visível em baforadas brancas. A luz vinda do lampião a óleo tremulou.
– O-o que está fazendo, garoto? – balbuciou o zelador tentando aquecer as mãos nas roupas surradas.
– Eu não estou fazendo nada! – arfou Alvo temeroso de que Filch colocasse “Tentativa de Congelamento” em sua lista de crimes. – Eu juro, Sr Filch, não sou eu.
Uma gargalhada sarcástica encheu os ouvidos de Alvo e de Filch. Ele se levantou abrutalhadamente e levou as mãos nas costas quando foi penalizado por suas costas pelo fato de ter se movimentado de uma maneira mais rápida que sua idade avançada permitia. – Pirraça! – ele resmungou por entre os dentes.
Filch era famoso por sentir grande desprezo, raiva e rancor pelo poltergeist da escola. Com os nós das mãos dobrados ele socou a mesa com furor e, sem querer e para sorte de Alvo, quando a mesa tremeu, o tinteiro novo de Filch derramou seu conteúdo sobre o pergaminho com os “crimes” cometidos por Alvo.
Filch xingou.
– Vá embora, Potter – ordenou Filch pegando uma vassoura de varrer e a brandindo como uma espada. – Teve sorte. Agora meu assunto é com você, Pirraça. Não vou permitir que me transforme em um pedaço de carne de erumpente em um frigorífico!        
E saiu em disparada à procura pelo poltergeist.
Alvo, porém, não conseguiu fazer nada a não ser rir. A cada uma de suas gargalhadas ele sentia a temperatura ao seu redor voltar a seu estado morno e úmido, por se tratar da sala de Filch. Ainda rindo da situação que lhe foi apresentada, ele seguiu para fora da sala pelo rastro deixado por Filch, que ainda podia ser ouvido pelos corredores.
Antes de seguir caminho, Alvo parou e falou por trás do ombro.
– Valeu pela ajuda, Espectro Guerreiro!
– Ficou tão óbvio? – perguntou Colin deixando apenas seu rosto aparecer por trás da parede que dividia a sala de Filch e o corredor.
– Eu só senti um frio como esse uma vez na vida, e você sabe quando foi – e depois completou. – Foi uma ótima imitação de Pirraça!
– Mas eu não imitei ninguém – falou Colin coçando os cabelos branco-pérola.
Alvo riu.
– Então tive sorte dupla. Obrigado mais uma vez, mas agora eu tenho de ir rápido para a Sala de Troféus.
Alvo apertou o passo, mas ao chegar a Sala de Troféus não encontrou ninguém, a não serem as condecorações douradas recebidas por alunos de Hogwarts, protegidas por cúpulas de vidro.

2 comentários:

  1. então acabo não vai mais rola a fic??

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    1. Ainda não acabou não. Tive umas dificuldades para ter tempo de escrever e o capítulo novo ficou grande, mas hoje acabei de colocar um capítulo novo.

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