segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Revolta da Murta-Que-Geme, pág 21



A sala era um cubículo apertado que mal dava para que Filch, Alvo e Madame Nor-r-ra entrassem juntos. Primeiro o zelador empurrou Alvo sem cerimônias para o interior de seu compartimento particular, e depois adentrou com a gata ainda ziguezagueando por entre suas pernas. Na sala havia apenas uma mesa em falso com alguns papéis úmidos e amassados servindo de calço. Havia também alguns arquivos transbordando de papeis com fichas sobre as detenções e os castigos dos alunos que passavam pelas mãos de Filch, todos com os respectivos nomes dos indivíduos. Alvo também pode ver que um dos arquivos era reservado para os membros dos Malignos e que, atrás da cadeira surrada e com o estofamento rasgado de Filch, havia um retrato pintado com óleo, mas que se mantinha negro e vazio. Aquele sem dúvidas era o outro retrato do falecido Snape, que não se mostrava presente naquele momento.
Com um gemido de dor, Filch se agachou para sentar na cadeira. Seu reumatismo atacava mais uma vez e ele não conseguia achar uma posição razoavelmente confortável para se sentar.
– Então, vamos aos fatos! – resmungou Filch com o maxilar tremendo. Ele vasculhou a bagunça de sua mesa à procura de um pergaminho e de uma pena. Filch jogou fora metade do que havia em sua mesa ocupando espaço: três penas desgastadas e peladas, embalagens ressecadas e amassadas de Chicletes Drooble, pedaços de pergaminhos rasurados e rasgados e um tinteiro rachado e vazio. Depois Filch pegou a única fonte de luz do recinto (um lampião a óleo que tremulava sua chama conforme Filch o arrastava pela mesa) e colocou mais perto do pergaminho. – Nome: Alvo Potter...
– Sr Filch, eu não...
–... Crimes: alagar dois banheiros da escola...
–... Não fui eu!
–... Entrar no banheiro das meninas...
– Eu só fiz isso para tentar acalmar a Murta-Que-Geme! – mas ao ver que o zelador de Hogwarts não dava a mínima para seus protestos, Alvo elevou o tom de voz, de uma maneira que não faria com nenhum professor. – Sr Filch, o senhor pode me ouvir?! Não fui eu que alaguei os banheiros! Foi a Murta-Que-Geme! Ela ficou irritada porque outro aluno invadiu o banheiro dela e a xingou de idiota! E nem foi um alagamento assombroso. Nada que a magia não resolva em minutos...
– Para você pode ser uma coisa simples de se fazer, Potter, mas para mim significa muitos minutos desperdiçados limpando a titica que você fez! Perdendo tempo quando eu poderia estar punindo os moleques que agora estão dando para grudar miolos de dragão no teto – Filch segurou com tanta força a pena que ela partiu ao meio.
Por alguns segundos, Alvo não compreendeu porque tudo parecia tão difícil quando visto pelos olhos de Filch, mas logo em seguida Alvo se lembrou de uma vez ter ouvido que Argo Filch era um aborto. E um que tentava de todas as maneiras aprender como usar sua magia. Logo em seguida ele se lembrou também que o zelador tentara aprender magia pelo curso a correspondência Feiticexpresso, que ainda naqueles dias transformava (ou era isso que diziam os folhetos pregados nas paredes e pilastras do Beco Diagonal) a vida de bruxos abortados. Mesmo sentindo

Nenhum comentário:

Postar um comentário