segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Revolta da Murta-Que-Geme, pág 17



se encolheu e de lá continuou a falar. – Se cada vez que eu fosse ignorada eu encharcasse os corredores não haveria aulas nesse andar!
– Então por...
– Porque os garotos iguais a você acham que, pelo simples motivos desse banheiro não ser usado com freqüência, que eles podem ficar perambulando por aqui e me fazer passas por idiota! – ela cerrou os punhos e olhou para Alvo de rabo de olho, por entre as lentes de seus óculos espectrais.
– Ninguém quer fazer vocês de idiota, Murta – disse Colin atravessando a pia e os boxes, para mais perto de Murta, Alvo o seguiu, mas desviando dos objetos do banheiro como uma pessoa normal faria. – Elas só não se sentem muito à vontade quando abrem a porta do boxe, desejosas em se livrarem de certas coisas, e se deparam com sua cabeça saindo do sanitário. Ou quando já estão aqui e você assombra os papéis higiênicos.
Mentira! – reclamou Murta. – Os garotos se acham no direito de ficaram zombando da Murta só porque ela é frágil, chorona e.... Ahhhhh!
Por entre soluços, Murta se debulhou em lágrimas. Enormes gotas brancas leitosas brotavam de seus olhos e escorriam por seu rosto pálido. Colin tentou consolá-la, mas mal dava para ouvir os próprios pensamentos enquanto ela chorava. Quando ele tentou chegar mais próximo, ela saltou para longe.
– Só porque eu permito que Colin venha aqui às vezes e – ela se voltou para Alvo – permiti que seu pai e os amiguinhos dele usassem esse banheiro para fazerem Poção Polissuco, todos acham que podem tirar proveito da Murta.
– Mas quem veio aqui zombar de você? – perguntou Alvo achando que estando Murta mais sensível, que ela pudesse dizer algo de relevante.
– Claro! Agora todos querem falar com a Murta, saber o porquê de ela ter ficado tão estressada. “Vamos Murta, conte-nos o que aconteceu”, “Nos diga quem estava aqui, Murtinha”, “Sabe que somos seus amigos, fale conosco”. Mentiras, todos mentirosos, eles falam com a Murta, conseguem o que querem, e depois a abandonam! Foi sempre assim. Com seu pai, o grande Harry Potter, e assim com aquele loirinho. Não duvido nada que Colin amanhã pare de dar as caras por aqui.
– Eu não iria... – começou Colin, mas logo foi silenciado pela Murta, que não parava de falar.
– E você também será assim, Alvo Potter! Você é igualzinho ao seu pai, mais parecido do que seu outro irmão. Vocês devem ser iguais a ele, vão me abandonar!
– Calma, Murta, eu não... Eu não vou te abandonar – Alvo sabia que estava cavando sua própria cova dando trela para o que a Murta reivindicava, entretanto, aquele seria o único meio de fazer com que ela não surtasse mais. – Eu só queria saber quem te irritou para... Para lhe dar uma lição e mostrar que não se deve mexer com as minhas amigas!
– Eu! – ela parecia lisonjeada e ao mesmo tempo desconfiada. – Isso é da boca para fora. Mas... Sabe, sempre soube que havia algo entre mim e seu pai. Rolava um clima entre a gente, bem, química. – Alvo fez esforço para não correr e vomitar em uma das privadas – Pode ser que você esteja falando a verdade...
“O garoto entrou aqui, faz uns vinte minutos. Eu achei que ele era do tipo sensível e simpático. Que sabia como falar com as garotas. Ele estava chorando, ali na pia. Ele

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