segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Revolta da Murta-Que-Geme, pág 13



– Não tenho total certeza, mas... Você sabe que Vitória e Dominique não têm problemas para fazer amigos e arranjar namorados...
– Vitória teve uns cinco namorados no ano retrasado antes de se apaixonar por Teddy, e Dominique deve ter uns duzentos amigos e sei lá quanto pretendentes secretos – ele interrompeu, mostrando que já tinha conhecimento dos presentes fatos.
– Bem, eu sempre acreditei que tanta popularidade se dá à pequena porcentagem de sangue de Veela que elas possuem, o qual Luís também possui. Entretanto – ela fez uma pausa, na qual aproveitou para inspirar profundamente – são poucos os casos de homens com sangue de Veela, e dentro dessa pouca parcela, não são muitos os que possuem o... dom para encantar todos os olhos. E eu acho que Luís está tentando descobrir se consegue ou não fazer com que as garotas se apaixonem por ele. E também acho que ele esteja gostando de Morgana a ponto de tentar chamar a atenção dela somente com seus poderes...
– Isso é esquisito – disse Alvo, e Rosa concordou.
– E pior! Eu tenho a impressão, coisa de garota, que alguém mais está gostando de Morgana. Alguém com as iniciais IFF, entendeu? 
– Acho que sim – garantiu, mas sem mostrar muita convicção.
Rosa suspirou meio decepcionada e completou com um sopro:
– Garotos!
Tentando se mostrar um bom primo e um bom amigo, Alvo se manteve na biblioteca mais uns minutos para tentar ajudar Rosa com seus deveres. Realmente, ele só tentou. Conforme ela ia falando os assuntos e mencionando palavras ditas durante as aulas, Alvo se sentia cada vez mais deslocado e desinteressado pelo que Rosa falava ou argumentava. Depois de dez minutos sem entender o motivo que levara ao início da queima às bruxas, ele concluiu que tudo tinha seu tempo, e que não era a hora para ele esquentar a cabeça com aquelas queimadas.
Gentilmente, ele se despediu de Rosa e a deixou estudando em paz sobre a queima às bruxas. Mas antes de partir, ele prometeu que iria passar pela Sala de Troféus na tentativa de encontrar Escórpio.
Em passos largos e apressados, Alvo contornou os corredores com pressa, fazendo esforço para não reclamar do peso da mochila que chacoalhava em suas costas nem das pessoas que passavam pelos seus lados, felizes da vida, pois estariam deixando o castelo para se banharem da luz do sol no lado de fora.
Ele estava quase chegando à porta da Sala de Troféus, quando passou por uma coisa muito fria e gelada. Assim como havia acontecido quando ele atravessou Mira-Fácil, o fantasma, todo seu corpo estremeceu e Alvo se sentiu como se tivesse acabado de meter a cara dentro de um freezer. Não havia dúvidas, ele havia passado, novamente, pelo espectro de um fantasma.
– Alvo! – chamou a voz reconhecível do fantasma de Colin Creevey, o estudante da Grifinória que morreu lutando durante a Batalha de Hogwarts.
– Ah, oi, Colin. Como está? – Alvo foi gentil em perguntar, mas dava para ver que o fantasma não estava nada bem. Sua face cor branco-pérola mostrava-se apreensiva e muito nervosa, como se ele estivesse com medo de que sua aura fantasmagórica pudesse ser sugada por um aspirador de pó.

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