– Não tenho total certeza, mas... Você sabe que
Vitória e Dominique não têm problemas para fazer amigos e arranjar namorados...
– Vitória teve uns cinco namorados no ano
retrasado antes de se apaixonar por Teddy, e Dominique deve ter uns duzentos
amigos e sei lá quanto pretendentes secretos – ele interrompeu, mostrando que
já tinha conhecimento dos presentes fatos.
– Bem, eu sempre acreditei que tanta popularidade
se dá à pequena porcentagem de sangue de Veela
que elas possuem, o qual Luís também possui. Entretanto – ela fez uma
pausa, na qual aproveitou para inspirar profundamente – são poucos os casos de
homens com sangue de Veela, e dentro
dessa pouca parcela, não são muitos os que possuem o... dom para encantar todos os olhos. E eu acho que Luís está tentando
descobrir se consegue ou não fazer com que as garotas se apaixonem por ele. E
também acho que ele esteja gostando de Morgana a ponto de tentar chamar a
atenção dela somente com seus poderes...
– Isso é esquisito – disse Alvo, e Rosa concordou.
– E pior! Eu tenho a impressão, coisa de garota,
que alguém mais está gostando de Morgana. Alguém com as iniciais IFF, entendeu?
– Acho que sim – garantiu, mas sem mostrar muita
convicção.
Rosa suspirou meio decepcionada e completou com um
sopro:
– Garotos!
Tentando se mostrar um bom primo e um bom amigo,
Alvo se manteve na biblioteca mais uns minutos para tentar ajudar Rosa com seus
deveres. Realmente, ele só tentou.
Conforme ela ia falando os assuntos e mencionando palavras ditas durante as
aulas, Alvo se sentia cada vez mais deslocado e desinteressado pelo que Rosa
falava ou argumentava. Depois de dez minutos sem entender o motivo que levara
ao início da queima às bruxas, ele concluiu que tudo tinha seu tempo, e que não
era a hora para ele esquentar a cabeça com aquelas queimadas.
Gentilmente, ele se despediu de Rosa e a deixou
estudando em paz sobre a queima às bruxas. Mas antes de partir, ele prometeu
que iria passar pela Sala de Troféus na tentativa de encontrar Escórpio.
Em passos largos e apressados, Alvo contornou os
corredores com pressa, fazendo esforço para não reclamar do peso da mochila que
chacoalhava em suas costas nem das pessoas que passavam pelos seus lados,
felizes da vida, pois estariam deixando o castelo para se banharem da luz do
sol no lado de fora.
Ele estava quase chegando à porta da Sala de
Troféus, quando passou por uma coisa muito fria e gelada. Assim como havia
acontecido quando ele atravessou Mira-Fácil, o fantasma, todo seu corpo
estremeceu e Alvo se sentiu como se tivesse acabado de meter a cara dentro de
um freezer. Não havia dúvidas, ele havia passado, novamente, pelo espectro de
um fantasma.
– Alvo! – chamou a voz reconhecível do fantasma de
Colin Creevey, o estudante da Grifinória que morreu lutando durante a Batalha
de Hogwarts.
– Ah, oi, Colin. Como está? – Alvo foi gentil em
perguntar, mas dava para ver que o fantasma não estava nada bem. Sua face cor
branco-pérola mostrava-se apreensiva e muito nervosa, como se ele estivesse com
medo de que sua aura fantasmagórica pudesse ser sugada por um aspirador de pó.
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