sábado, 9 de março de 2013

Novos Aliados, pág 9



Infelizmente, Rosa não obteve o apoio de que necessitava.
– Tem algum feitiço aqui para poder fazer transformações parciais no rosto da pessoa? – perguntou Escórpio interessado, espichando o pescoço para dentro do livro bem ilustrado e com imagens mágicas que se movimentavam mostrando o exato movimento com a varinha que se deveria fazer e a execução completa e perfeita da azaração. Ambos garotos ficaram estudando as páginas do livro por uns minutos, ignorando completamente a presença e o olhar desapontado de Rosa.

Pelo menos até o final do almoço daquele dia mais ninguém além de Amélia Panonia havia descoberto que havia sido Alvo quem impedira Ashton Bennett de ser acovardado por Urquhart e Warrington.
Alvo tentava pensar o menos possível nesse assunto e em seu dilema com relação a incriminar ou não Sara durante seus tempos em aula.
O rodízio de alunos da aula de Tecnomancia do Prof King havia mudado. Agora os alunos da segunda série da Sonserina tinham aula junto com os da primeira série da Corvinal, sétima série da Grifinória e terceira série da Lufa-Lufa. A aula de King não destoou muito de seu antigo padrão do ano anterior, apesar de que agora os alunos tinham de copiar mais e mais palavras e teoremas ditados pelo professor e assimilar em um tempo mais curto todas as leis e regras sobre a aparatação e a desaparatação. O professor havia conseguido um alvará com o Sr Dolohov que o possibilitava desarmar as defesas Anti-Aparatação em duas áreas circulares demarcadas por giz de cera, onde o professor convocava os alunos da Grifinória para aparatarem e desaparatarem de um lado para o outro. Havia sons de admiração a cada vez que um menino ou uma menina sumiam da “Área A”, como chamava King, e apareciam na “Área B”, em menos de um triz de segundo.
– Ainda bem que estamos fazendo esses exemplos com alunos do sétimo ano – comentou King assim que Sabrina Hildegard ressurgiu na Área B após desaparatar. – Não sei se voltariam a me dar essa liberação se algum aluno estrunchasse.
– Senhor, – pediu um garoto da Lufa-Lufa chamado Carson e com a permissão concedida por King prosseguiu com sua pergunta – mas eu sempre pensei que estrunchar fosse algo cômico, engraçado. Dizem que as vezes uma pessoa aparata, mas alguns de seus membros ficam pelo caminho. Não seria algo que não se deve temer?
– Receio, Sr Carson, - afirmou o Prof King sem cerimônias – que sua posição sobre estrunchamento esteja incorreta. Não seria nada agradável ou cômico ver uma pessoa se desdobrando em dores, tendo suas entranhas a mostra, banhada de sangue devido a um erro em sua aparatação. O estrunchamento pode ser uma casualidade de alguém que tenha perdido seu foco. Há casos em que uma perna fica pelo caminho e é possível fazer cócegas em seu dono por seu intermédio. Na verdade, Sr Carson, reformulando minha frase dita originalmente, sua posição está incorreta quando se leva em consideração um todo.  
– Mas senhor, – a pergunta da vez vinha de uma menina de cabelos ruivos – como haveria tempo para uma pessoa estrunchar se a aparatação é um fato instantâneo e espontâneo? Não haveria tempo para tal.

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