– Só os outros membros das outras casas mantêm os
Malignos como segredo. Você deveria saber que na Grifinória eles são
abertamente falados e comentados entre todos nós. Nunca te contaram isso,
Malfoy?
– Não – Escórpio abaixou a cabeça. – Eu não sei se
você percebeu, mas só agora que os grifinórios estão me aceitando como membro
da casa. Não é de se esperar que comecem a me contar todos os segredos de uma
vez só.
– Ah, é verdade, tinha me esquecido disso... Mas
não vamos desviar de nossa conversa. Mesmo que ela ainda não tenha nem ao menos
começado. – A garota estendeu sua mão pequenina para Alvo como um gesto
amigável de cumprimento. E o garoto reparou o quanto zelo a jovem tratava suas
unhas. – Sou Amélia Panonia, estou no último ano aqui em Hogwarts...
Assim que o nome foi revelado, Alvo se lembrou que
já o tinha ouvido. Amélia Panonia foi a garota da Grifinória que no ano
anterior fora sentenciada pela professora Sibila Trelawney a morrer aos vinte
anos quando bebesse uísque de fogo. O fato foi contado por Laura Fawcett quando
Alvo e seus amigos estavam desvendando a passagem secreta do Salgueiro Lutador.
Alvo não mencionou que já havia ouvido seu nome, ele se recordou que Laura
havia dito que ela ficara arrasada com a predição então ele preferiu não
comentar, pois não sabia qual reação Amélia demonstraria. E ele não estava
disposto a mais uma erupção de raiva.
–... e eu gostaria de parabenizá-lo pelo seu feito
com relação o menino nascido-trouxa que foi selecionado para a Sonserina.
– Ah, b-bem eu... Eu não faço a mínima idéia do
que você está falando, Amélia. –Alvo tentou se mostrar o mais firme e confiante
possível, tentando fazer parecer que havia verdade em suas palavras, mas
certamente a gagueira o denunciava.
– Não precisa me contar mentiras, Potter. Está no
seu sangue esta vontade de bancar o herói e se provar. Já vi Tiago fazer
besteiras o suficiente para saber que ele é farinha do mesmo saco que você e
seu pai. Também tenho absoluta certeza de que foi você que tirou o menino
daquela armadilha – Amélia esboçou uma ligeira risada. – Eu queria lhe
congratular desde o início do ano quando houve todo aquele rebuliço com Yaxley,
mas não tive a oportunidade, devido à proximidade dos exames finais. Mas
gostaria que soubesse que já faz tempo que eu venho observando você e seus
feitos. Só falta me dizer que você estava naquela confusão na Copa Mundial de Quadribol!
– Amélia riu de novo, mas Alvo gelou até a espinha.
– Então, ah, obrigado por tudo – as maçãs de seu
rosto enrubesceram.
– Não é só isso, Alvo Potter. – Amélia remexeu
suas vestes e retirou sua varinha por entre as ababadas do uniforme. – Eu juro
pela minha varinha, Alvo Potter, que você pode contar com minha lealdade e
minha magia para qualquer situação de confronto. Como membro da Grifinória, eu
não faltarei com coragem perante o medo. Em situações de confronto, saiba que
empunharei minha varinha ao seu lado.
– Obrigado – disse Alvo completamente chocado. A última coisa que ele esperava de Amélia
Panonia ela aquela demonstração de fidelidade e coragem. – Saiba que não
hesitarei em convocá-la para as minhas futuras batalhas.
– Acho bom.
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