– Alvo Potter! Espere ai, garoto! – ordenou uma
voz feminina que nunca havia se dirigido a ele antes.
Por mais que Alvo ansiasse que o assunto com
relação ao salvamento de Ashton de uma arapuca montada pelos seus colegas da
Sonserina morresse ainda havia pessoas em Hogwarts que insistiam em mantê-lo
vivo. Mais pareciam uma legião de salva-vidas lutando contra a maré e a morte
para manter a pessoa viva, remando com braçadas longas e ferventes, cortando o
mar e forçando a morte a recuar.
Por puro ímpeto, Alvo se virou para ver quem era
sua invocadora. Qual era a garota desconhecida que anunciara seu nome. Ele
temia que a garota fosse uma aluna da Sonserina. Talvez ela pudesse ser a
pessoa que resolvera a charada mais rápido que os demais e estava prestes a
desmascará-lo. Alvo só pensava em como seria a gargalhada de Rosier quando
visse que sua maravilhosa vida escolar estava em declínio. Desmoronando como um
castelo de areia ao ser abatido por uma onda espumante. Felizmente, todos esses
sentimentos e sensações incômodas e ligeiramente nauseantes foram expulsos do
corpo de Alvo quando o menino viu marcações em vermelho bordado das vestes da
garota, e ainda mais aliviado quando percebeu que ela carregava um emblema
vermelho com um leão selvagem no peito.
– Sim, posso ajudá-la? – Alvo estudou a garota por
um instante. Nunca a tinha visto em algum momento marcante de sua vida e nem
mesmo tinha noção de quem ela era, entretanto a garota possuía uma bela
postura, forma e aparência.
Sem dúvida aquela não era a garota mais bonita de
Hogwarts, mas certamente deixava boa parte das outras no chinelo. Sua pele era
bronzeada como se ela fosse uma grande admiradora de manhãs na praia debaixo do
sol forte de verão; seus cabelos eram castanhos da raiz até quase o fim, se
perdendo em mechas salpicadas de loiro, ligeiramente semelhantes aos de
Dominique, sendo que sua prima exagerava mais no tingimento de suas mechas
ruivas. Os olhos da garota eram verdes como o capim reluzindo a luz solar em
uma manhã de céu de brigadeiro durante a primavera.
– Não estou necessitando de sua ajuda para nada,
garoto – disse ela com firmeza, sendo ligeiramente brutal e grosseira. Alvo
recuou um pouco seu corpo, toda aquela beleza talvez fosse apenas uma espécie
de camuflagem de seu temperamento explosivo e arrogante. – Também não estou pedindo
nenhuma caridade ou esmola para você...
– Então o que você
realmente quer? – perguntou Rosa tomando partido. Rosa não parecia estar
retribuindo a grosseria da garota, apenas se mostrava firme e aparentava não se
intimidar.
– Caminha aí Weasley, não estou querendo confusão.
Até porque – complementou a garota revirando ligeiramente os olhos e escapando
da mirada de Rosa – essa escola já está com uma carga bem maior de confusão do
que antigamente. Sem dúvida vocês três estão agitando as bases de Hogwarts em
menos de dois anos mais do que os Malignos desde que Lupin o fundou.
– Como sabe sobre os Malignos?! – exclamou
Escórpio surpreso e ligeiramente abobalhado.
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