sábado, 9 de março de 2013

Novos Aliados, pág 5



transbordavam litros de curiosidade e interesse. Era uma bela visão da garota com sua aura indagadora e sábia.
Alvo não pode negar essa explicação aos seus melhores amigos. Detalhadamente ele narrou para Escórpio e Rosa como, por pura sorte, ele ouvira Capper e Vaisey conversando sobre a emboscada armada para amedrontar Ash. Alvo os poupou dos detalhes mais amplos da conversa e se adiantou para a parte em que ele convocava os sanitários a atacarem os dois sonserinos. Escórpio se alegrou com a narração de como os turbilhões de água suja avançaram contra Vaisey e como Capper acabara com um novo cordão em forma de acento. Em seguida ele passou para a sala de aula onde Urquhart e Warrington estavam com Ash (ele apenas mencionou a aparição dos outros alunos da Sonserina como vigias). Rosa não pode deixar de mostrar seu espanto e sua perspicácia com relação à forma e a maneira em que os sonserinos dominaram o complexo ao redor da sala em questão. Alvo contou o que ouvira da boca de Castor Urquhart e logo disse o porquê de ter petrificado os alunos pelas costas. Rosa ameaçara o censurar, mas Alvo logo a cortou, emendado mais uns fatos pouco importantes. Por fim ele contou como havia sido salvo por Sara que aparecera vinda de uma passagem secreta, e de como a garota se prontificara a receber a culpa pelo salvamento de Ashton.
– Ela foi realmente muito corajosa – disse Rosa logo após Alvo ter terminado as narrações. – Me admira que ela não tenha ido para a Grifinória. Francamente, não vejo motivos para Sara Aubrey estar na Sonserina.
– Sara é muito ambiciosa – contou Alvo. – Já planejou toda a sua vida depois de se formar em Hogwarts. E eu tenho pena de quem tentar mudar os rumos que ela traçou.
– E agora, como é que vai ser? Os sonserinos já desconfiaram de você? – perguntou Escórpio, talvez com um ligeiro temor da fúria da Sonserina. – E você pretende incriminar Aubrey pelo salvamento?
Alvo não respondeu a pergunta em seguida. Não havia planejado muito sobre como deveria agir caso fosse afrontado ou questionado com relação ao salvamento de Ashton. Sara pedira para que ele a incriminasse, mas não seria justo que toda a ira da Sonserina recaísse sobre ela, ainda mais sabendo que Sara só se metera na confusão para ajudá-lo. Não era um dilema fácil de se resolver, ambos os lados o levariam para um caminho cheio de pesares e fatos que o fariam se arrepender de suas escolhas. Verdadeiramente não foi uma resposta fácil de se dar, mas Alvo tentou mostrar confiança e dizer tudo, mesmo que não dissesse nada ou que não fizesse nenhum sentido.
– Bem, Sara disse que eu poderia dizer que foi ela, não foi? Mas, não seria certo a incriminá-la, estou certo? Entretanto, não posso levar toda a culpa pelo fato – Alvo nunca pensou que pudesse gaguejar tanto enquanto formulava uma frase.
– Não entendi nada – afirmou Escórpio coçando o cocuruto.
– Nem eu – disse Rosa, também mostrando a mesma dúvida.
– Então está perfeito! Não era mesmo para ninguém entender – Alvo sorriu, tentando fazer com que aquele assunto fosse deixado para trás, assim como seus passos que ecoavam pelo corredor pouco movimentado. – Nem eu mesmo entendi o que disse.

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