– POTTER! – berrou
uma voz que transbordava ódio e irritação por entre seu timbre.
Alvo ameaçou girar nos calcanhares para ver quem
era seu convocador, mas não houvera tempo. Assim que ele girou seu corpo em
meio grau, uma ardência tomou seu rosto como se ele houvesse caído com a cara
na brasa verde da lareira da sala comunal. Quem quer que fosse que havia
berrado seu nome acabara de lhe presentear com um soco na cara e lhe atribuíra
um novo hematoma no rosto. Em questão de segundos já dava para sentir sua
bochecha esquerda (a que fora esbofeteada) inchando. Sangue escorreu de sua
boca deixando um forte gosto de ferro encher o paladar de Alvo e o interior da
mesma estava rasgado. Felizmente nenhum dente foi prejudicado.
Não houve tempo para contra-ataque, logo em
seguida, quando Alvo tentou se movimentar e montar uma estrutura ameaçadora com
seus punhos, houve um novo golpe. O braço do atacante se encaixou no meio de
seu pescoço, bem próximo a seu pequeno Pomo de Adão. Foi difícil de respirar...
– Brian – soltou Alvo em meio a uma seção de
tosses, que não ajudava em sua tentativa de voltar a respirar normalmente.
Brian Capper estava completamente exaltado e fora
de si. Seus olhos azuis que outrora foram reconhecidos por inúmeras garotas por
serem extremamente belos, estavam saltados e fixos em Alvo como se Capper fosse
uma fera maligna e sanguinária e ele, Alvo, fosse um mero intrometido ser que
merecia ser punido. Capper estava ofegante e completamente curado de sua “pneumonia”, seus ossos pareciam mais
fortes e sua pele mais lisa. Certamente as poções e remédios de Madame Pomfrey
foram muito eficientes na melhora do rapaz, mas naquela circunstância, Alvo não
se alegrara muito disso.
– Você vai pagar pelo que fez, Potter! –
esbravejou Capper fazendo mais força contra o pescoço de Alvo. – Não deveria
ter se metido na emboscada contra o sangue-ruim! E muito menos ter feito o banheiro atacar a mim e a Vaisey!
– Não sei do que está falando, Brian – Alvo
tentava falar mesmo tendo um braço revitalizado por uma poção poderosa no
pescoço. Foi complicado, mas Alvo conseguiu. – Eu não tive nada a ver com quem
salvou Bennett...
– Mentiroso! – gritou Capper e transferiu a Alvo
mais um soco, desta vez na barriga, fazendo com que a respiração fosse quase
zero. A visão de Alvo ficou turva e seus sentidos confusos. – Eu sei que foi
você!
– Não fui... – suspirou ele controlando as
lágrimas de dor que forçavam seus olhos a se abrirem para que pudessem escorrer
por sua face amedrontada e suada devido a tanto nervosismo. Piscando ele arfou:
– Foi Sara. Sara Aubrey! Foi ela que
salvou o garoto!
– Você mente! – Capper
pressionou seu braço com mais força no pescoço de Alvo. Ele já estava quase
ficando inconsciente. Como último apelo, utilizando suas últimas forças, ele
agarrara o braço que o enforcava, pressionara com as unhas dos dedos e fez
força para se desvencilhar dele. Alvo não obteve total sucesso, mas conseguiu
afrouxar ligeiramente a pressão feita por Capper. – Eu sei que não a Sara!
Rosier já te dedurou, Potter! Metade da Sonserina já sabe que você consolou
Bennett e ficou amiguinho dele! Alguns fingiram não dar importância e outros
ainda parecem não
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