E segure a ampulheta com bastante força para que
ela não se separe da senhorita durante a fragmentação da matéria e a dispersão
dos átomos. Entendido? A senhorita está preparada?
– Sim, senhor. Eu já nasci preparada – a voz de
Amélia transbordava excitação e confiança.
– Notável atitude, senhorita. Então quando eu
contar três, Srtª Panonia. Um... Dois... Três...
Amélia e o Prof King viraram ambas as ampulhetas
de maneira que a areia pudesse escorrer pelo vidro. Um segundo depois, Amélia
sumiu com um forte estalo. Todos os olhares se concentraram no canto demarcado
pelo giz. King segurava a ampulheta com um olhar meio entediado. Vendo os grãos
arenosos deslizarem silenciosamente de uma superfície a outra. Ele cantarolou
um pouquinho. Debruçou-se ligeiramente sobre a mesa. E então, preguiçosamente,
virou-se e olhou para o círculo delineado por giz de cera. Com um segundo
estalo, Amélia reapareceu na sala. Com um movimento extraordinariamente rápido,
King tirou a ampulheta da mão de Amélia e agitou sua varinha, fazendo com que a
areia de ambas as ampulhetas parasse de escorrer.
– Creio eu que tal demonstração tenha demonstrado
a irregularidade de sua afirmação, Srtª Stern – King curvou as pernas,
flexionando os joelhos em um ângulo agudo para aproximar o rosto das
ampulhetas. Seus olhos iam de uma para outra, estudando a quantidade de areia
que escorrera. – Uma ligeira diferença de três segundos, e uns sessenta e tantos
décimos, mais ou menos. A senhorita pode conferir comigo, Srtª Panonia...
Amélia parecia meio avoada, mas chegou a curvar
ligeiramente o corpo para mais perto das ampulhetas estagnadas na mesinha do
professor.
– Ah, claro, senhor. Sessenta e tantos décimos,
com certeza! – alguns alunos riram de Amélia, e Alvo não pode deixar de
segui-los.
– Sua visão e precisão são realmente fantásticas,
Srtª Panonia – King também não pode resistir à vontade de rir. – Agora quero
que todos tomem nota do que vou ditar sobre a metodologia dos desaparecimentos
e tele-transportes na visão do aparatador, no que se refere à Tecnomancia. E
também abram seus livros na página cinqüenta e seis, para acompanhamento e
consulta. E vocês sabem o que ela, a Tecnomancia, pode-nos dizer sobre isto?
Essa é uma pergunta retórica. Eu irei responder.
Depois das aulas, Alvo foi se encontrar com Rosa e
Escórpio no vestíbulo do Grande Salão para a janta. Rosa vinha da aula de
Literatura da Magia com o terceiro ano e Escórpio da aula de História da Magia
com a Lufa-Lufa. Era notável a aparência apática e sonolenta de Escórpio.
Momentos mais tarde ele relatara a Alvo que cochilara durante boa parte do
tempo destinado a aula do Prof Binns e que a outra parte ele ficara olhando
além da janela vendo a Lula Gigante sob o crepúsculo com duas atraentes alunas
da Corvinal. Mas Escórpio fez o favor de dizer tudo isso longe de Rosa,
entrementes, Alvo não soube dizer se foi por causa do amigo ter perdido a aula
de Binns ou pelas garotas da Corvinal.
Alvo passou o jantar na
mesa da Grifinória atendendo aos pedidos de seus amigos. Nos tempos de ouro de
Hogwarts (quando era o pai de Alvo quem estava estudando
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