–
Pelo menos me deixe parar com esse sangramento! – pediu Rosa já sacando a
varinha e estudando a movimentação de professores dentro do Salão Principal. –
Rápido, a Profª McGonagall está vindo!
Os
três se adiantaram e entraram em um armário de vassouras muito pequeno e que
certamente nunca fora projetado para suportar nada além de vassouras. Dando uma cotovelada no estômago de Alvo e pisando no pé
de Escórpio, Rosa conseguiu efetuar um feitiço que cicatrizasse o lábio de
Malfoy e fizesse com que o nariz parasse de sangrar.
–
Como já sabe todos esses feitiços?! – Alvo estava impressionado com a
capacidade de Rosa se adiantar dos demais alunos de mesma idade.
–
Eu leio os livros antes de chegar a
Hogwarts. E também me aventuro por uns que mamãe guarda com apresso – respondeu
ela, orgulhosa de si mesma. – Não fique falando muito ou a ferida do lábio vai
abrir. Nem fique cutucando o nariz...
–
Ei! Quantos anos você acha que eu tenho? – protestou Escórpio fazendo cara de
ofendido.
Alvo
se despediu de Escórpio e Rosa e seguiu por um caminho próprio até a sala
comunal da Sonserina. Ele pegou umas duas passagens secretas até chegar às
escadas em forma de caracol que interligava a superfície até as masmorras. Era
grande a diferença térmica entre os corredores da escola e as masmorras, mas
ele já estava se acostumando com aquele frio. Ao chegar à frente da enorme
serpente metálica sentinela que guardava a passagem para a sala comunal ele se
deteve.
–
Quem essstá ai? – perguntou a voz fina e sinistra da serpente.
–
Alvo Potter. Sonserina, secundarista.
–
O anel?
Alvo
arregaçou a manga do braço direito e mostrou o grande anel cravado com uma
esmeralda para o rosto cego da cobra. Ele hesitou e cravou a esmeralda na
fechadura em forma de olho e girou as engrenagens para que a porta se abrisse.
–
E a ssenha? – sibilou a serpente desdenhosa, como se acabasse de prender Alvo
em uma arapuca. Mas ele sabia a senha, fora informado por Flora Palmer durante
o banquete.
–
Rabo Córneo Húngaro – respondeu com o
mesmo tom desafiador da serpente.
A
cobra estremeceu, e com um costumeiro baque, a porta se abriu.
A sala comunal da Sonserina
se mantivera exatamente como Alvo guardara na memória. Gótica, fria e úmida.
Ainda estavam lá os enfeites negros de criaturas sinistras esculpidas por
artesão da melhor qualidade; os grandes armários que tocavam o teto e que
guardava todo o tipo de material que os alunos precisassem, também permaneciam
as poltronas negras com botões em forma de crânio humano, horripilantes para
quem não conhecia, e a lareira com chamas verdes em forma de cabeça de dragão
que tanto encantava a Alvo. Assim que passou pelo portal da
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