terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Sonserino mais Odiado, pág 3



sangrar. Escórpio tentara estancar a ferida com um pano que Alvo não fazia idéia de onde ele tirara, mas que não servia de muito, pois já estava praticamente todo tingido de vermelho.
– Deixe me ver se adivinho: – começou Alvo tentando alegrar um pouco aquele ambiente nada confortável – você perdeu o trem, roubou o carro voador de seu pai e acabou se chocando com o Salgueiro Lutador! É um clássico, todos os alunos do segundo ano tentam fazê-lo.
– Não teve graça, Alvo – rugiu Rosa como se ele a houvesse ofendido. – Veja só o estado de Escórpio. Ele tem de ir para a ala Hospitalar.
– Não! Eu já estou melhor! – bradou Escórpio se desvencilhando das mãos de Rosa que tentava ajudá-lo com o ferimento. – Nada que um bom feitiço não resolva. A última coisa que eu quero é ter de explicar o que aconteceu para Madame Pomfrey.
– E o que exatamente aconteceu? – perguntou Alvo, Rosa seguira sua pergunta pelo final.
– É difícil deduzir? Fui esmurrado no trem e deixado lá, paralisado, para ver se acabava voltando para Londres – contou Escórpio apertando com o lenço o nariz ferido. – Vocês têm um palpite de que o fez?
Finnigan – disseram Alvo e Rosa em uníssono.
– Se eu fosse um professor eu daria vinte pontos para vocês – Escórpio soltou um amargo e doloroso sorriso. – Ele entrou no meu compartimento com Thomas e Coote. Disse que não iria suportar mais um ano com um Malfoy na Grifinória. Eu retruquei, mas já era tarde. Eles já estavam preparados para combate. Não deu nem tempo de eu pegar minha varinha...
– Quanta covardia! Três contra um, e ainda desarmado! – Rosa mordia os lábios para tentar conter a indignação e o nervosismo.
– Posso continuar Madame Nervosa? Finnigan me lançou um Feitiço do Corpo Preso e depois deixou que seus coleguinhas me usassem como saco de pancadas. – Ele apontou para cada ferimento exposto. – Depois encantou a porta da cabine para que ninguém me notasse. Mas burramente ele esqueceu que o maquinista inspeciona todas, as cabines antes de partir de volta com o trem. Principalmente as cabines encantadas por alunos estúpidos do segundo ano.
– Brilhante! Agora eles sabem como encantar as coisas! – exclamou Rosa, surpresa.
– Teria sido um bom plano, caso eles tivessem uns miolos a mais – ponderou Alvo analisando a situação e se inclinando ainda mais para suas novas tentações em infernizar o ano de Finnigan e dos outros.
– Eu achei a mesma coisa. Já estou até pensando em fazer o mesmo ano que vem. Mas acho que teria de envolver um Feitiço da Desilusão ou uma Capa da Invisibilidade. – Escórpio já parecia mais normal, porém mais pálido e anêmico do que nunca.

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