terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Sonserino mais Odiado, pág 2



única coisa que fizeram foi se afastarem um pouco mais dele, como se o garoto estivesse com varíola de dragão, e lhe lançarem olhares furiosos e indignados como se ele fosse o último pedaço de carne do deserto, mas sendo uma carne estragada.
Bennett ficou no final da fila, mantendo uma distância de cinco passos dos outros colegas. Quase não dava para ouvir o que os monitores diziam, mas ele parecia mais confortável desta forma que no meio da algazarra, cheio de gente que lhe odiava simplesmente por não ser um bruxo desde sempre.
Quando estava saindo do salão, junto a Isaac, Lucas e Perseu Flint, Alvo esbarrou com um grupo de alunas do segundo ano da Grifinória que seguia caminho para sua torre no sétimo andar. Entre as garotas estava Rosa e ela fez sinal com os olhos para que Alvo se mantivesse onde estava por mais uns minutos.
– Eu já encontro vocês, garotas, só um momentinho – falou ela se separando das amigas. – Você teve algum sinal de Escórpio?
– Esperava que você tivesse, afinal jantam na mesma mesa – retrucou Alvo ligeiramente preocupado.
– É, mas nós não jantamos juntos hoje. Ele sumiu! – Rosa apertou os dedos contra as mangas das vestes, mostrando que estava muito preocupada. – Ninguém tem conhecimento de onde ele está. A única coisa que sei é que ele embarcou no trem, porque Clara Entwhistle confirmou que viu ele dentro do Expresso Hogwarts.
– Então é visto que ele veio para o castelo – falou Alvo como se fosse como somar dois mais dois.
– É claro que não! – Rosa parecia próxima de um colapso emocional. – Ele pode não ter saído do trem. Talvez voltado para Londres! Como pode afirmar que ele passou pela estação?
Alvo pensou um pouco mais não precisou de muito tempo para concluir um bom argumento, foi só relatar o que via.
– Posso afirmar porque estou vendo um garoto igual a ele todo ensopado e enlameado vindo em nossa direção. – Alvo descreveu com uma precisão não muito complicada. – Ah, é claro, só um detalhe quase que imperceptível e que quase não se leva em consideração: ele está coberto de sangue.
Rosa girou nos calcanhares e quando se deparou com a figura de Escórpio ela soltou um gritinho abafado pelas mangas de suas vestes que ela levou à boca.
Escórpio parecia o dublê de algum filme onde zumbis sedentos de fome saíam da terra para aterrorizar os pobres mortais que nada podiam fazer a não ser tentar decapitá-los. Ele estava molhado da raiz dos cabelos até as dobras finais das vestes de aluno da Grifinória. Seus cabelos loiros estavam escorridos e grudados na face, por onde gotículas geladas de água ainda escorriam. Sem falar da lama que tomara conta dos dois tênis e das calças, que deixaram de ser pretas há muitas horas. E ainda tinha o sangue. Havia um corte em seu lábio superior e o nariz não parava de

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