terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Sonserino mais Odiado, pág 18



– Ora, vejam isso! Parece que Potter se uniu ao bando perdedor! – bradou uma voz feminina impossível de não se reconhecer por entre gargalhadas forçadas de outras duas meninas. – Eu sempre soube que ele gostava de se misturar com escória, traidor do sangue!
– Achei que já tínhamos resolvido essa questão sobre traidores de sangue, Rosier! – rugiu Alvo girando nos calcanhares e encarando a mais bela, porém mais odiada por ele, sonserina. Valerie Rosier, a neta do Comensal da Morte Evan Rosier, estava às portas da sala comunal ladeada por suas duas colegas irritantes: Héstia Pucey e Isla Montague.
– Mas a cada ano que passa você parece querer me dar mais motivos para eu poder te humilhar! – Alvo estudou bem Valerie e ela estava diferente. Antigamente Rosie tinha uma pele clara, porém naquele momento estava ligeiramente bronzeada e ele pode até encontrar umas poucas sardas. Seus olhos achocolatados haviam mudado de cor. Assemelhavam-se a uma mistura de chocolate meio amargo e licor, estavam mais avermelhados na íris como gotas de sangue brilhosas se destacando em uma superfície escura. Os cabelos também estavam diferentes. Naquele momento eles assumiam uma tonalidade tão negra quanto o céu sem estrelas no meio da noite, ou de uma visão do espaço sem as galáxias, satélites e coisas que emitem luz. E o mais impressionante foi a mecha cor de pimenta malagueta que brotou da raiz de seus cabelos e formou uma bela trança caindo por seus ombros. Alvo acreditou que ela usava alguma poção de beleza como as de Ísis Cresswell ou de Dominique para tingir os cabelos, mas não pode deixar de se mostrar impressionado.
– Não é da sua conta com quem eu ando ou quem é meu amigo – respondeu Alvo de maneira a não se mostrar acanhado. – Acho injusta a forma como ele foi tratado pelos outros, e não foi desta maneira que eu fui ensinado a agir, e não o farei só porque estou rodeado e ladeado por paranóicos como você, Rosier.
– Então por que não se interpôs na noite em que ele foi selecionado, quando todos o estavam zoando? – Valerie colocou a mão na cintura de uma maneira a confirmar que colocava Alvo em uma sinuca de bico, Pucey e Montague riam por entre os dentes cerrados. Não havia como ele escapar sem revelar que achara engraçado o que aconteceu com Ashton no sábado, mas ele não queria estragar tudo logo agora em que ele ganhara a confiança do nascido-trouxa.
E assim não respondeu.
– Você agora está na minha mão, Potter – ela garantiu num tom mais alto que os risinhos irritantes de Montague e Pucey. – Cuidado com o que vai falar ou fazer, pois caso não me agrade, pode ser pior para você.
E assim saiu da sala comunal sorrindo em direção ao dormitório feminino. Alvo ficou no meio da sala comunal com o sangue fervendo de raiva de Rosier e de sua chantagem. Se ele tentasse mais alguma vez contrapusê-la ou retrucar quaisquer ofensas ditas pela garota não poderia fazê-lo, já que ela poderia espalhar para todos sobre notícia de sua amizade com Ashton, a qual ele ainda preferia manter apenas entre eles. Sem despertar um ódio mútuo que certamente afloraria nas mentes da grande maioria de seus colegas da Sonserina, e transformaria vários de seus amigos em inimigos.
– Desculpe-me por ter te colocado nesta saia justa – pediu Ashton meio envergonhado.
– Fique tranquilo, Ash – respondeu Alvo fazendo-se parecer inabalável. – Com Rosier me entendo eu.

Um comentário:

  1. esse cap. ficou surreal,que vontade de ler o próximo,achei legal ver esse lado meio "medroso" de alguém tão corajoso, gostei muto dessa ideia, vai ser interessante observar como que essa amizade vai rolar. fora isso tô muito curioso pra saber mais sobre os malignos, adorei eles desde do primeiro momento. seria massa ver eles mais ativos durante toda a história, mas se já no início tô me surpreendendo assim, esse livro promete.

    ResponderExcluir