temidas
e com um passado negro e todos seus antepassados foram da Sonserina. E ambos
foram para a Grifinória.
–
E o que quer dizer com isso? – Bennett estava menos temeroso, e mais flexível a
ouvir o que Alvo tinha a falar.
–
Quero dizer que se o Chapéu Seletor te mandou para a Sonserina, como me mandou para
cá ou mandou meus amigos para a Grifinória, é porque você se encaixa de alguma
maneira aqui melhor do que em qualquer uma das outras – não havia explicação
melhor. Por dentro, Alvo sentira até orgulho de si mesmo.
–
Mas os outros garotos dizem que querem me tirar...
–
Dane-se o que os outros dizem! – Alvo
sentiu sua cabeça latejar e o sangue ferver. – Você só aceitará sair daqui se
você quiser! Nem mesmo a diretora pode te submeter a outra seleção ou a duvidar
do julgamento do chapéu!
–
Tem certeza disso?
–
Acho que eu entendo um pouquinho mais sobre o mundo da magia que você – Alvo
deixou escapar um sorriso, que aumentou e chegou a contagiar Ashton.
–
Magia – Ashton disse sem se referir diretamente a Alvo. – Eu nunca pensei que
isso pudesse existir. Bem, existem muitos filmes e livros falando sobre a
magia. Cada uma tem sua magia própria, mas o fundamento em geral era o mesmo. Quando
recebi a carta... foi como se todos os filmes que eu via com meus pais e meus
amigos se tornassem realidade ao mesmo tempo. E todas as coisas que eu não
sabia. Sabe, aqui existem anões e gnomos como os dos jardins? Ou criaturas mais
inteligentes como hobbits ou, ou uma
versão mais mágica do mestre Yoda?!
–
Você deve estar assistindo muito a televisão – afirmou Alvo meio espantado com
a repentina mudança de atitude do menino.
–
Minha mãe sempre diz isso. Mas não é um vício. Eu estou me virando bem desde
que cheguei aqui e tudo que tinha sumiu.
–
Como assim?
–
Bem, logo que cheguei eu tentei afogar minhas mágoas e esquecer a humilhação
jogando um pouco da Ameaça do Apocalipse
III, mas o meu Playstation Vista, ah, um videogame portátil – completou
Ashton vendo a cara de dúvida nascer na face de Alvo – mal pegava e ficava
travando sempre que eu dava o “start”. Daí no dia seguinte ele sumiu. Tenho
certeza de que foram os outros garotos que o roubaram. Eles não gostam quando
eu falo sobre ou uso meus aparelhos eletrônicos. Eles zoam ainda mais de mim quando
eu mostro essas coisas.
–
Acho que é porque nós não usamos nada desses aparelhos tecnológicos. Nunca
precisaríamos de telefones, televisões ou comantadores (Computadores – corrigiu
Bennett). É isso ai! Nós podemos viver com a magia e dispensamos esses
apetrechos. E que foto de gente parada é essa ai?
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