terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Sonserino mais Odiado, pág 15



Felizmente, não havia nenhum sinal que qualquer detonador ou bomba armada. A área estava limpa.
A única coisa que destoava do ambiente tranqüilo da sala comunal era um corpo franzinho e magro, menor que Alvo, agachado rente a lareira de fogo verde, que fungava e soltava uns grasnidos similares a chorinhos abafados. Alvo se encaminhou lentamente até a figura de Ashton Bennett que retirava do fogo um pôster trouxa com boa parte da foto chamuscada. Ele pensou rapidamente em como seria aquela cena se ao invés de uma foto trouxa fosse uma fotografia bruxa, com homens se contorcendo no canto intacto tentando fugir das brasas e das chamas.
– Você está bem, garoto? – perguntou Alvo tentando não passar muito a idéia que sentia pena de Bennett, mas sentia.
Ele não respondeu.
– Não estou aqui para te xingar ou fazer chacotas – Alvo tentou se explicar. Ele desejava que houvesse um jeito no linguajar trouxa que identificasse que suas intenções eram boas. Ele revirava a mente a procura de alguma fala de seu avô ou dos antigos colegas do trabalho que o ajudasse.
– Todos falam que não vão me atacar, mas depois o fazer – resmungou Bennett com um soluço abafado. Mesmo que ele não olhasse para Alvo, já era um começo, ele estava falando.
– Ah, eu... Eu venho em paz – era a única maneira que ele se lembrava de dizer que não iria agredi-lo ou humilhá-lo.
Verdadeiramente, a frase surtiu efeito.
Ashton se virou lentamente e encarou Alvo por cima do ombro. Seus olhos estavam muito vermelhos e inchados, como se ele tivesse sido azarado com o Feitiço da Conjuntivite (o que até poderia ter acontecido). De seu nariz escorria um muco transparente, que o garoto tentava limpar fungando esfregando nas vestes.
– Isso só os alienígenas que falam – respondeu ele.
– Mas já é um começo – defendeu-se. – Eu consegui estabelecer uma ligação entre o pedido e vocês...
– Vocês trouxas? – Ashton certamente já entendera todos os possíveis significados da palavra “trouxa” no linguajar dos bruxos. Alvo se perguntou se serviram de alguma coisa todas as gozações dos sonserinos.

– Olha, Ashton... Não me compreenda mal, não sou como os outros. Sabe, eu por pouco não sofri o mesmo que você no ano passado – e rapidamente Alvo resumira para o primeiranista toda sua sina e toda sua relação com a Grifinória e do porque de ele não se sentir encaixado durante as primeiras horas que ele passara como sonserino e como fizera para se encaixar. – E houve fatos semelhantes. Dois amigos meus, Agamenon Lestrange e Escórpio Malfoy, vêem de duas famílias muito

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