E
ferozmente, perfurou uma salsicha com as garras do garfo, como se ele fosse um
grande predador e a salsicha um inofensivo e fraco coelhinho.
O
assunto Ashton Bennett rendera por alguns dias assim como a chuva. Ele estava
nas conversar da grande maioria. De um lado, ele deveria ser o sonserino que
menos tivera problemas com os alunos das outras casas. Os grifinórios,
lufalufinos e corvinalinos apenas evitavam manter muito contato com ele. Em
compensação, certamente ele era o sonserino mais odiado de todos os tempos. As
brincadeiras e chacotas não paravam. Ele ainda era enfeitiçado, azarado pelas
costas e forçado a fazer rituais cômicos e humilhantes. Volta e meia os
cadarços de seus tênis eram magicamente enfeitiçados para se unirem em um só e
o forçar a cair de cara no chão. Na terça-feira antes do jantar alguns
valentões do sexto ano o encurralaram no banheiro e o forçaram a lavar a cabeça
em uma das privadas. Mas felizmente as atitudes dos sonserinos conseguiam ser
evitadas pelos professores sempre que possível. Graças ao Prof Towler, dois
garotos do terceiro ano foram postos em detenção quando foram flagrados
tentando azarar a vassoura que o garoto usaria durante a aula de Vôo. Slughorn
também conseguira confiscar um frasco de uma Poção da Gagueira encontrada na
mochila de Tibério Nott. E por fim a Profª McGonagall não poupou esforços em
punir Heth Vaisey quando o terceiranista azarara Bennett pelas costas com um “Levicorpus”.
No
final daquela conturbada quarta-feira, Alvo se retirou para a sala comunal um
pouco mais cedo. Não teve tanta fome quanto nos dias anteriores e ele sentia
que seu corpo estava começando a ficar febril. Talvez tivesse sido a aula de
Trato das Criaturas Mágicas do meio da tarde que, mesmo que tivesse sido
parcialmente aplicada no celeiro montado por Hagrid, não pode impedir que os
alunos fossem lavados pela chuva.
–
Quem essstá ai? – sibilou a cobra sentinela caolha.
–
Alvo Potter. Sonserina, secundarista – respondeu Alvo mecanicamente.
–
E a se...
–
Rabo Córneo Húngaro – disparou Alvo antes mesmo que a cobra terminasse a frase.
Primeiramente,
Alvo pensara que a cobra ficara ofendida com a forma com o qual fora
respondida, pois a porta que girava para a sala comunal se abriu tão
bruscamente que Alvo teve de recuar para não levar um encontrão. Porém, em
seguida, dois alunos mais velhos e um mais novo correram em disparada para fora
do salão, sem olhar para trás, como se esperassem que alguma coisa explodisse
logo.
Meio temeroso, Alvo entrou
na sala comunal. A mão deslizara por entre as vestes em direção ao bolso da
calça onde ele guardava sua preciosa varinha de teixo e núcleo de coração de
dragão. Ele sondou o redor da sala comunal à procura de qualquer objeto que
denunciasse a atividade ilícita dos sonserinos fugitivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário