terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Sonserino mais Odiado, pág 14



E ferozmente, perfurou uma salsicha com as garras do garfo, como se ele fosse um grande predador e a salsicha um inofensivo e fraco coelhinho.
O assunto Ashton Bennett rendera por alguns dias assim como a chuva. Ele estava nas conversar da grande maioria. De um lado, ele deveria ser o sonserino que menos tivera problemas com os alunos das outras casas. Os grifinórios, lufalufinos e corvinalinos apenas evitavam manter muito contato com ele. Em compensação, certamente ele era o sonserino mais odiado de todos os tempos. As brincadeiras e chacotas não paravam. Ele ainda era enfeitiçado, azarado pelas costas e forçado a fazer rituais cômicos e humilhantes. Volta e meia os cadarços de seus tênis eram magicamente enfeitiçados para se unirem em um só e o forçar a cair de cara no chão. Na terça-feira antes do jantar alguns valentões do sexto ano o encurralaram no banheiro e o forçaram a lavar a cabeça em uma das privadas. Mas felizmente as atitudes dos sonserinos conseguiam ser evitadas pelos professores sempre que possível. Graças ao Prof Towler, dois garotos do terceiro ano foram postos em detenção quando foram flagrados tentando azarar a vassoura que o garoto usaria durante a aula de Vôo. Slughorn também conseguira confiscar um frasco de uma Poção da Gagueira encontrada na mochila de Tibério Nott. E por fim a Profª McGonagall não poupou esforços em punir Heth Vaisey quando o terceiranista azarara Bennett pelas costas com um “Levicorpus”.
No final daquela conturbada quarta-feira, Alvo se retirou para a sala comunal um pouco mais cedo. Não teve tanta fome quanto nos dias anteriores e ele sentia que seu corpo estava começando a ficar febril. Talvez tivesse sido a aula de Trato das Criaturas Mágicas do meio da tarde que, mesmo que tivesse sido parcialmente aplicada no celeiro montado por Hagrid, não pode impedir que os alunos fossem lavados pela chuva.
– Quem essstá ai? – sibilou a cobra sentinela caolha.
– Alvo Potter. Sonserina, secundarista – respondeu Alvo mecanicamente.
– E a se...
– Rabo Córneo Húngaro – disparou Alvo antes mesmo que a cobra terminasse a frase.
Primeiramente, Alvo pensara que a cobra ficara ofendida com a forma com o qual fora respondida, pois a porta que girava para a sala comunal se abriu tão bruscamente que Alvo teve de recuar para não levar um encontrão. Porém, em seguida, dois alunos mais velhos e um mais novo correram em disparada para fora do salão, sem olhar para trás, como se esperassem que alguma coisa explodisse logo.
Meio temeroso, Alvo entrou na sala comunal. A mão deslizara por entre as vestes em direção ao bolso da calça onde ele guardava sua preciosa varinha de teixo e núcleo de coração de dragão. Ele sondou o redor da sala comunal à procura de qualquer objeto que denunciasse a atividade ilícita dos sonserinos fugitivos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário