terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Sonserino mais Odiado, pág 13



– Ele já deu aula para o quinto ano de Grifinória e da Corvinal e também para o quarto da Sonserina com a Grifinória – falou Tibério Nott de boca cheia.
– Seria pedir demais se você seguisse a etiqueta só um pouquinho, porco Nott? – perguntou Flora Palmer com seu habitual tom de repugnância e desprezo por garotos mais novos, como se eles fossem um bando de macacos babões e retardados, (por alguma razão o único que não sofria com essa mania era Alvo).
– Poderíamos perguntar a Stuart Beetlebrick – sugeriu Alvo – ou a Sara Aubrey, eles agora estão no quarto ano, talvez possam dizer algo sobre ele, Buttermere, não é?
– Melhor não perguntar mais nada para Sara Aubrey – Flora disse sem levantar o olhar de sua comida. – Certamente receberão uma resposta melhor se fizeram a pergunta a um Inferi ou a um Espírito Agourento... Acho que até um zumbi comum...
– O que houve com ela? – Alvo se lembrara de como estava Sara durante o embarque na plataforma nove e meia.
– Se alguém souber, pode me contar – respondeu Flora limpando o canto da boca sujo de molho de tomate com um guardanapo. – Ela quase não fala mais. Alimenta-se pior que um Agouro e está se afogando em mágoas em seus livros. Goyle diz que ela passa metade do dia chorando e a outra metade deitada em sua cama, fazendo sei lá o que, talvez pensando na morte... Deve ser um parto para ela ter de estudar. Acho que se ela passar muitas horas com o bobalhão do Hagrid é capaz dele achar que ela é um espectro ou um espírito mondongo do gênero.
Alvo quis repreender Flora pela maneira de como tratara Hagrid, mas a imagem de Sara chorando e agindo como um espectro desalmado o fez se calar e perder parte de seu apetite. O que estaria passando com Sara, a menina que gostava de Quadribol e de medicina? Por que ela estaria tão perturbada e fora de si para passar meio dia inteiro chorando e reclamando?
– Mas nós temos assuntos piores a tratar – falou Nott também limpando a boca suja de molho, porém com a manga das vestes. – O Babaca Bennett. Alguém já viu como podemos tirá-lo da Sonserina?
Quem respondeu dessa vez foi Zabini, que antes não prestava atenção na conversa.
– Uns caras do quarto ano estão pesquisando na biblioteca como obrigar Crouch a expulsá-lo de nossa casa. Não vai ser fácil. Vaisey disse que para que consigamos tirar o moleque daqui tem que haver um motivo muito forte. Nunca na história da escola alguém foi re-selecionado.
– Elementar meu caro Antônio – começou Tibério passando o garfo por entre os dedos. – Para tudo se tem uma saída. E sempre há uma primeira vez, não é?

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