–
Esse é o seu quarto, não é, Natália? – perguntara a garota que Alvo reconhecera
como Alcione Hitchens a Natália Longbottom, que confirmou com orgulho.
–
Esse ai é o meu pai! – bramou ela sorrindo para Neville e apontando com o dedo
para o peitoril do pai. O rosto de Longbottom enrubesceu mais do que o
habitual.
–
Acho que o seu amiguinho protegido não está muito a par da situação, Rosa –
observou Escórpio apontando indiscretamente para Ashton Bennett que acompanhava
o grupo ao redor de Neville sem muito interesse.
–
E é compreensível. Ele não tem o mínimo conhecimento sobre a história de nosso
mundo. – Rosa se mostrara superior a Escórpio com sua explicação, e ainda
acrescentou – E acho que você não faria diferente se deparasse com Ben Barnes,
por exemplo.
–
Quem? – perguntaram Alvo e Escórpio
em uníssono.
A
manhã daquele dia, embora fosse horrível devido à chuva, fora agradavelmente
normal. Flitwick estava trepado em sua pilha de livros e começara logo a
ensinar novos feitiços básicos para os alunos do segundo ano. Aparentemente a
função de cada feitiço novo era bem simples e capaz de ser usado no dia a dia,
mas já dava para ver a diferença com relação à dificuldade de execução com
relação aos feitiços do ano passado. A pronúncia deveria ser mais clara e os
movimentos feitos com a varinha mais exatos. Um erro na entonação ou um
movimento mal calculado e poderia haver uma explosão maior que a provocada por
Finnigan quando ele tentou encantar uma frigideira para que ela preparasse uma
omelete.
Depois
de Feitiços havia um tempo duplo de Poções para os grifinórios e os sonserinos
(os lufalufinos e corvinalinos teriam aula dupla de Transfiguração). As
masmorras estavam mais frias que o habitual, mas a costumeira voz calorosa do
Prof Slughorn e seus elogios aos alunos mais famosos e habilidosos
(principalmente Alvo, Rosa e Agamenon), faziam com que qualquer frio fosse
esquecido.
Durante
o almoço a chuva parecia querer varrer o castelo de Hogwarts para outro local.
Foi quase impossível conversar com todos aqueles relâmpagos e trovões e o céu
encantado não estava melhorando as coisas. Tudo estava cinza e mal iluminado,
antes mesmo do meio dia os archotes e tochas já haviam sido acesos para tentar
melhorar a escuridão que tomava a escola.
–
Gostaria que tivéssemos aula de Defesa contra as Artes das Trevas hoje – falou
Isaac enquanto remexia desanimado com sua colher no purê de batatas em seu
prato. – Acho esse cara novo meio estranho. Não acredito que ele seja melhor
que o Silvano, embora certamente seja mais ativo e menos mórbido que o Tofty.
Alvo
se sentira mais uma vez culpado.
–
Vocês sabem de alguém que já tenha tido aula com ele? – perguntou Perseu para
qualquer um que pudesse responder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário