e
preto dos búlgaros e uma roseta verde que cantava os nomes dos jogadores da
Irlanda, mas sua magia já estava fraca e ela ficava repetindo apenas os nomes
dos artilheiros e do goleiro. Era o habitual agito de Hogwarts. Professores
organizando os alunos, Filch ralhando quando alguém se aproximava demais de
alguma peça ou vidraça valiosa e Pirraça jogando objetos e bombinhas nos alunos
que tinham que se dispersar rapidamente enquanto o Barão Sangrento ainda não
chegava.
Mais
ao longe, na saída do castelo para as estufas, Alvo pode ver seu padrinho e
professor de Herbologia, Neville Longbottom, ser assediado por um bando de
primeiranistas que lhe faziam perguntas sobre o passado e lhe estendiam
cadernos para autógrafos.
–
É verdade que foi o senhor quem matou a cobra de Você-Sabe-Quem durante a
batalha? – perguntou Mati Boot olhando curiosa para o professor.
–
Foi sim. Mas foi meio insano – Neville parecia tentar não encorajar que seus
jovens alunos se arriscassem a matar uma cobra como Nagini em seu primeiro ano.
–
Com a espada de Gryffindor? – perguntou Zeca Sloper.
–
Isso. Ela se apresentou para mim no momento de necessidade.
–
E você foi quem comandou a Armada de Dumbledore como uma espécie de retaliação?
– perguntou Bao Chang esfregando o caderno de autógrafos no nariz de Neville.
–
É, mas tive a ajuda de muitos colegas. Sabe, eu não era o único insatisfeito
com o domínio dos Comensais da Morte – o professor parecia querer dispersar
logo aquele assédio e partir para sua aula. – Muitos outros também merecem o
devido crédito. Gina Potter, Luna Scamander, Simas Finnigan, Padma Patil.
–
Padma Boot – corrigiu Mati com o mesmo tom de voz que usara com Rosa para dizer
que o tio Rony não dançava bem. – Ela agora usa o sobrenome de meu pai.
–
Então você é filha do Terêncio e da Padma! – Neville tentou parecer simpático,
mas era visível que ele estava se atrasando. Alvo se perguntou se seu relógio
encantado apitaria em algum momento.
–
E o senhor ainda tem as moedas encantadas da AD? – perguntou a prima Lúcia.
–
Tenho sim, está na minha carteira. – Ele remexeu no bolso das vestes e sacou a carteira,
tirando de lá um galeão parecido com os comuns do Gringotes e com o especial de
Alvo. Não deu para ver, mas Neville mostrava as instruções ainda gravadas nele
para as reuniões da AD.
–
Chocante! – suspiraram alguns alunos
da Lufa-Lufa, maravilhados.
–
E o senhor mora no Caldeirão Furado, não é? Você é casado com a dona do bar –
falou Bao como um grande leitor do Semanário
dos Bruxos e das Bruxas.
–
Eh, sim, sou casado. Meu quarto fica logo no segundo patamar e dos meus filhos
um andar acima – explicou o professor meio encabulado.
–
Maneiro! – exclamou outro grupo.
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