quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Magia do Egito, pág 9



oportunidade de sair da Sonserina por bem, mas você insiste em ficar aqui! Então, Bennett, se não sairá por bem, será por mal!
Por um instante Alvo percebeu que Ash o via. Seus olhos pareceram crescer e seu corpo se tomar pelo alívio. Ashton era o único que não estava de costas para a porta e poderia ver perfeitamente aquela fresta entreaberta por Alvo. O menino se sentiu seguro. Seguro como em menos de um segundo o amigo fosse arrebentar a porta e neutralizar os valentões, mas Alvo ficou parado do lado de fora. Em seguida o rosto de alívio foi tomado pela dúvida. Uma dúvida que acreditava que Alvo era apenas mais um dos sonserinos que zoaram de sua cara. Um mentiroso que se fizera de amigo para depois o deixar ser azarado por outros.
Alvo sentiu pena de Ash, e não houve como não o ajudar.
Petrificus Totalus!
Urquhart e Warrington mal tiveram tempo de perceber quem os havia atacado. Seus músculos ficaram rígidos e seus dentes trincaram. Ambos se tornaram peças de estátuas humanas dos garotos valentões que ameaçavam Ash segundos atrás. Os braços se uniram aos corpos duros dos garotos, e com um baque, ambos caíram no chão como pedaços de rocha.
– Você está bem? – perguntou Alvo entrando na sala.
– Estou. Muito obrigado por ter me ajudado.
– Os amigos são para essas coisas, não é? – a face de Ash pareceu brilhar, seus olhos ficaram maiores e um sorriso tomou conta de seu rosto já não mais apavorado. – Posso te dar um conselho? Não ande sozinho pela escola por um tempo. Tente fazer mais amigos nas outras casas e tenha sempre em vista um professor, ninguém será estúpido o suficiente para te azarar perto deles.
– Mas e eles? – Ash apontou para Urquhart e Warrington e Alvo pensou em como estariam os dois garotos no banheiro lutando contra o ataque dos sanitários.
– Acho que esses aí não vão mais incomodar você. Quanto aos outros, bem não tenho muita certeza de como eles irão reagir quando souberem que o plano perfeito deles foi por água a baixo – mais uma vez ele se lembrou da zorra do banheiro. – Não pensarão que foi você que enfeitiçou Urquhart e Warrington, então acredito que Rosier fará o favor de revelar para todos quem o ajudou. Mas eu não me importo mais com isso. Já tive de segurar barrar piores que essas...
– E você vai deixá-los assim?
– Pombas! Eu acabei de me esquecer do Contra-Feitiço que liberta os dois do Feitiço do Corpo Preso. Acho que não estou funcionando muito bem hoje. Mas creio que os meninos – ele se voltou para Urquhart e Warrington, que mesmo petrificados ainda podiam ouvir muito bem – não vão dar com a língua nos dentes. Afinal, eles também estavam fazendo algo inapropriado e contra as regras.

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