–
Então vamos logo sair daqui. – Ash metera a mão na maçaneta da porta e a
escancarara. – Não será conveniente que fiquemos aqui, vai que aparece mais um
deles aqui.
–
Sim... Quer dizer, não! Ah, você não
pode sair assim! – Alvo se lembrou dos caminhos vigiados por sonserinos. – Há
campanas em todos os corredores. Os sonserinos só gostariam de te ver chorando
ou com alguma parte do corpo sangrando. Se nós saíramos daqui felizes e
sorridentes vão todos nos estuporar de uma vez só. Mas vamos, vou pensar em
alguma coisa...
Os
dois deixaram a sala em silêncio. Um silêncio que ajudava muito para que Alvo
pudesse bolar um plano para que nem ele nem Ash fossem descobertos pelos
sonserinos de tocaia. Mesmo que ele tentasse não havia como pensar em uma rota
de fuga sem esbarrar em um colega de casa. Eles haviam montado bem a emboscada
e conseguiram neutralizar todas as alternativas cabíveis para Alvo e Ash
escaparem.
–
Bolou algum plano? – Ash voltou a demonstrar tensão em sua face.
–
Está disposto a pular pela janela? – Alvo estava sendo irônico, mas aquele era
um péssimo momento para tal.
Antes
que Ash pudesse responder, um dos quadros presentes naquele corredor girou como
a passagem da Mulher Gorda que guardava a Torre da Grifinória. De trás da
passagem secreta surgiu uma garota vestida com as vestes da Sonserina. Seus
cabelos longos ocultavam parcialmente sua face, e por um instante Alvo temeu
que eles fossem descobertos da pior forma.
–
Ufa! Vocês ainda estão aí! – agradeceu Sara Aubrey. – Melhor virem comigo,
Erminio e a menina Yaxley estão vindo para cá. Parece que a Prof Sinistra está
se aproximando.
Sem
se perguntar como Sara apareceu ali ou como ela sabia de toda a tramóia dos sonserinos
contra Ash ou hesitar, Alvo agarrou o primeiranista e saltou para dentro da
passagem secreta. Sara girou rapidamente o retrato e os três mergulharam em um
profundo breu e silêncio.
–
Lumus! – e a ponta da varinha de Sara
clareou uns cinco metros ao seu redor.
–
Muito obrigado, Sara – agradeceu Alvo recostando na parede de tijolos robustos
e mal acabados da passagem secreta. Era possível ouvir os batimentos cardíacos
de seu coração.
–
É, obrigado mesmo – seguiu Ash. – Ei, você foi a garota que me defendeu naquela
noite! Muitíssimo obrigado, moça!
–
Não tem de quê. A atitude de meus colegas não convém com a realidade dos tempos
de hoje e com o real valor de ser um Sonserino. Não me sentiria bem se ficasse
de braços cruzados e visse o circo pegar fogo. Além do mais, eu não posso ter
preconceitos com relação a nenhum tipo de bruxo ou não bruxo. Se quero seguir o
caminho para me tornar uma curandeira, eu não posso julgar ninguém antes de
realmente conhecê-lo.
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