–
Curandeira? Tipo das tribos dos
índios? – Ash perguntou, mas logo se calou ao notar o olhar negativo de Alvo
iluminado pela luz mágica da varinha de Sara.
–
Mas como você soube de tudo? E como tinha certeza de que eu estaria aqui com
Ash? – naquele momento, em que todos estavam seguros da ira da Sonserina, Alvo
acreditava que já poderia colocar os pingos nos “i”s.
–
Alguns sonserinos não são nada discretos – começou Sara mostrando o caminho
para o outro lado da passagem. – E outros revelam suas intenções para quem não
deveriam ou falam de uma maneira em que o globo todo consegue ouvir. Muitos dos
alunos mais velhos estão comentando sobre a tentativa de amedrontar Ashton, e
estão recrutando os mais jovens. Bem, eu estava na biblioteca quando ouvi
Eleonora Farley, do sexto ano, conversando com Melissa Goyle sobre o plano.
Parece que ela está se envolvendo com Dingle, “eca!”, e achou muito legal e romântico da parte dele querer
expulsar o garoto por conta própria. Ela não é lá muito discreta, e achou que
se gabar para Goyle e para quem quisesse ouvir seria algo muito maneiro.
“Então
como eu sou contra essas brincadeiras e ameaças com ele, achei melhor me meter
e tentar acabar com o plano dos outros sonserinos, entretanto eu descobri que
alguém já estava o fazendo por mim. Você fez uma baita confusão no banheiro,
Alvo.” Ele sentiu o rosto corar, mas agradeceu pela luz fraca da varinha não
poder mostrá-lo. “Capper estava lutando contra os encanamentos e Vaisey teve
que ser levado para a ala Hospitalar devido à grande quantidade de água não
potável que digerira. O banheiro e o corredor estão completamente alagados.
Filch os interditou e os está limpando com uma cara de poucos amigos e
praguejando em alto e bom som.”
“Eu
não arriscaria fazer isso de novo por um bom tempo. McGonagall e Crouch estão
espumando de raiva e acho que com o que houve com os primeiranistas a situação
não vai melhorar muito.”
–
Ei, eu não sou um maníaco destruidor de vasos sanitários e de banheiros. Eu só
queria uma distração para poder deixar o banheiro e ajudar Ash sem que me
vissem. Eu perdi um pouquinho o controle da situação, mas não foi tudo proposital.
Sara
riu.
–
Esse é o Alvo que eu conheço. Agora vamos logo senão vamos perder o próximo
tempo! – os três apertaram o passo para fora da passagem secreta. Ela era mais
sinuosa e irregular do que Alvo esperava, com degraus de madeira que rangiam;
paredes cobertas de quadros desocupados, sem nenhuma pintura de bruxo ou animal
e tapeçarias velhas com camadas e mais camadas de poeira. Aquele não era um
lugar onde Alvo gostaria de passar uma noite.
–
Mas o que vamos fazer quando os sonserinos me virem e eu não apelar para sair
da Sonserina? – perguntou Ash.
–
Boa pergunta – afirmou Alvo dando um leve soco no ombro de Ash. – E sem falar
que todos vão me estrangular quando descobrirem que fui eu. O caso do banheiro
pode despistar os professores um pouco, mas eu tenho um histórico que me acusa.
E sem sombra de dúvidas Rosier vai falar com todo mundo que me viu conversando
com Ash. E ainda deve espalhar mais algumas mentiras do tipo de que queremos
dominar a Sonserina e governar a escola.
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