quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Magia do Egito, pág 7



– Mandamos que uns coleguinhas dele o dessem uma lição. – eles abriram as pias e começaram a lavar as mãos. – Acho que hoje ele vai aprender que não se mancha a história da Sonserina.
– Mas e se alguém nos pegar. Capper, eles, os professores, vão saber que não foram os primeiranistas que armaram tudo! – dava para notar um quê de tensão na voz de Vaisey.
– Já cuidamos disso também. Haverá alunos espiando para ver se os monitores e professores estarão por perto. Vamos copiar a idéia de Potter – ele fechou a torneira da pia e meteu a mão na mochila, tirando um bonequinho cinza e baixinho. – Eles não terão tempo para nos pegarem. O plano é perfeito.
– E quando será executado? – agora a voz de Vaisey mostrava entusiasmo e excitação.
– Já está sendo. Em uma sala em desuso do quarto andar.
Alvo não pensou duas vezes. Olhou para sua posição e para a dos outros garotos, ele estava mais próximo da porta. Se desse uma arrancada e não parasse para olhar para trás os sonserinos não o veriam. “Talvez uma distração?”, Alvo pensou consigo. Seria mais fácil de escapar se fizesse com que algumas das privadas regurgitassem.
Os sonserinos já estavam prontos para sair quando Alvo mirou com a varinha para uma das privadas das cabines “Quatio Displodo” (valera muito a pena comprar aquele livro de azarações para traquinagens no Beco Diagonal).
– Que droga é essa?! – exclamou Capper girando nos tornozelos e encarando a privada que tremia. Água escapulia por todos os lados e o ronco dos canos que estremeciam por trás das paredes fazendo uma espécie de refluxo com tudo o que havia sido largado na descarga tomava conta do banheiro em um barulho ensurdecedor como quando se está ao lado de uma sirene da polícia ou de uma ambulância.
– Vamos sair daqui! – berrou Vaisey, mas não houve tempo.
Assim que Capper e Vaisey se insinuaram a deixar o banheiro correndo a água explodiu para fora do vaso sanitário em um turbilhão meio amarelado e cheio de espuma, inundando todo o banheiro ao formar um arco espumante que molhou todos os ladrilhos e demais cantos do banheiro. A água respingava sobre as tochas formando pequenos arco-íris que eram refletidos pelos espelhos picotados de água. Alvo queria ficar mais um tempo ali para ver o que acontecia, mas deveria ajudar Ashton, mesmo que custasse sua reputação perante os outros sonserinos.
A água explodiu do vaso outra vez, agora sua mira era os garotos ensopados que ainda estavam chocados com aquela demonstração grotesca, molhada e nojenta. Outro turbilhão de água jorrou em direção a cara de Vaisey com tanta força que ele caiu com o traseiro no chão molhado. A força e a pressão da água eram tanta que mais parecia que Vaisey estava sendo empurrado por uma mangueira de incêndio

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