–
Mandamos que uns coleguinhas dele o dessem uma lição. – eles abriram as pias e
começaram a lavar as mãos. – Acho que hoje ele vai aprender que não se mancha a
história da Sonserina.
–
Mas e se alguém nos pegar. Capper, eles, os professores, vão saber que não
foram os primeiranistas que armaram tudo! – dava para notar um quê de tensão na
voz de Vaisey.
–
Já cuidamos disso também. Haverá alunos espiando para ver se os monitores e
professores estarão por perto. Vamos copiar a idéia de Potter – ele fechou a
torneira da pia e meteu a mão na mochila, tirando um bonequinho cinza e
baixinho. – Eles não terão tempo para nos pegarem. O plano é perfeito.
–
E quando será executado? – agora a voz de Vaisey mostrava entusiasmo e
excitação.
–
Já está sendo. Em uma sala em desuso do quarto andar.
Alvo
não pensou duas vezes. Olhou para sua posição e para a dos outros garotos, ele
estava mais próximo da porta. Se desse uma arrancada e não parasse para olhar
para trás os sonserinos não o veriam. “Talvez
uma distração?”, Alvo pensou consigo. Seria mais fácil de escapar se
fizesse com que algumas das privadas regurgitassem.
Os
sonserinos já estavam prontos para sair quando Alvo mirou com a varinha para
uma das privadas das cabines “Quatio
Displodo” (valera muito a pena comprar aquele livro de azarações para
traquinagens no Beco Diagonal).
–
Que droga é essa?! – exclamou Capper girando nos tornozelos e encarando a
privada que tremia. Água escapulia por todos os lados e o ronco dos canos que
estremeciam por trás das paredes fazendo uma espécie de refluxo com tudo o que
havia sido largado na descarga tomava conta do banheiro em um barulho
ensurdecedor como quando se está ao lado de uma sirene da polícia ou de uma
ambulância.
–
Vamos sair daqui! – berrou Vaisey, mas não houve tempo.
Assim
que Capper e Vaisey se insinuaram a deixar o banheiro correndo a água explodiu
para fora do vaso sanitário em um turbilhão meio amarelado e cheio de espuma,
inundando todo o banheiro ao formar um arco espumante que molhou todos os
ladrilhos e demais cantos do banheiro. A água respingava sobre as tochas
formando pequenos arco-íris que eram refletidos pelos espelhos picotados de
água. Alvo queria ficar mais um tempo ali para ver o que acontecia, mas deveria
ajudar Ashton, mesmo que custasse sua reputação perante os outros sonserinos.
A água explodiu do vaso
outra vez, agora sua mira era os garotos ensopados que ainda estavam chocados
com aquela demonstração grotesca, molhada e nojenta. Outro turbilhão de água
jorrou em direção a cara de Vaisey com tanta força que ele caiu com o traseiro
no chão molhado. A força e a pressão da água eram tanta que mais parecia que
Vaisey estava sendo empurrado por uma mangueira de incêndio
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