quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Magia do Egito, pág 6



Geomancia foi como sempre muito chata. As novas pedras e caminhos criados pelo Prof Margolyes se tornavam cansativos e complicados demais para que Alvo pudesse entender. A maioria das perguntas lançadas a ele era inteiramente imaginária ou fictícia sem nenhuma razão lógica ou que tivesse a ver com o que o professor falava.
– Tem certeza, Potter, que está vendo uma silueta do rosto da Profª McGonagall nesta formação de pedras de conglomerado? – perguntou o Prof Margolyes muito curioso com relação ao desenho que se formara na planilha depositada no colo de Alvo.
– C-claro, senhor – gaguejou Alvo que servia como chacota da turma naquele momento. Até seus parceiros, Lívio Black e Lucas estavam rindo da situação. – O senhor não está vendo o desenho dos óculos? E esta pedra aqui até se assemelha a orelha de uma gata. Então, óculos e gata... Profª McGonagall! Bingo!
– É curiosa esta interpretação, Potter... Muito curiosa... – os olhos de Margolyes ficaram perdidos por entre o desenho das pedras e parecia não querer notar na onda de risadas e gargalhadas.
Alvo riu tanto ao fim da aula que não suportou a ânsia de ir ao banheiro. A graça foi tanta e as gargalhadas tão prazerosas que ele quase acabou se urinando de tanto rir. Quando chegou ao banheiro a vontade de rir já tinha passado. Ele entrou logo na primeira cabine vazia e fez o que tinha de fazer. Meio minuto depois ele já estava lavando as mãos na enorme pia colocada na estrutura desenhada e ornamentada de mármore. Ele estava terminando de enxaguar uma das mãos quando ouviu uma conversa.
–... se ele não sair dessa vez, teremos de nos encaminhar a Crouch – disse uma voz masculina de dentro de uma cabine.
– E o que exatamente eles irão fazer? – perguntou outra voz vinda de outra cabine, Alvo reconheceu como sendo de Heth Vaisey.
– É melhor eu não falar aqui – aconselhou o outro garoto dentro da cabine. – Espere...
Quando a porta da cabine onde ele estava teve o trinco aberto, Alvo se atirou por trás da pia e ficou escondido debaixo do mármore de uma delas. Ele espichou o pescoço lentamente para frente, tentando ver quem era, mas ele não o reconheceu. O garoto deveria ter uns três anos a mais que ele. Cabelos bem loiros que lhe ocultavam as orelhas e um nariz torto, como se já houvesse sido quebrado antes.
– A barra tá limpa – disse o loiro para Vaisey.
– E então? Qual será o plano para expulsarmos Bennett da Sonserina? – Vaisey e o outro garoto começaram a se distanciar das cabines. Dava para ouvir o eco de seus passos pelo chão vindo em direção às pias.

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