Geomancia
foi como sempre muito chata. As novas pedras e caminhos criados pelo Prof
Margolyes se tornavam cansativos e complicados demais para que Alvo pudesse
entender. A maioria das perguntas lançadas a ele era inteiramente imaginária ou
fictícia sem nenhuma razão lógica ou que tivesse a ver com o que o professor
falava.
–
Tem certeza, Potter, que está vendo uma silueta do rosto da Profª McGonagall
nesta formação de pedras de conglomerado? – perguntou o Prof Margolyes muito
curioso com relação ao desenho que se formara na planilha depositada no colo de
Alvo.
–
C-claro, senhor – gaguejou Alvo que servia como chacota da turma naquele
momento. Até seus parceiros, Lívio Black e Lucas estavam rindo da situação. – O
senhor não está vendo o desenho dos óculos? E esta pedra aqui até se assemelha
a orelha de uma gata. Então, óculos e gata... Profª McGonagall! Bingo!
–
É curiosa esta interpretação, Potter... Muito curiosa... – os olhos de
Margolyes ficaram perdidos por entre o desenho das pedras e parecia não querer
notar na onda de risadas e gargalhadas.
Alvo
riu tanto ao fim da aula que não suportou a ânsia de ir ao banheiro. A graça foi
tanta e as gargalhadas tão prazerosas que ele quase acabou se urinando de tanto
rir. Quando chegou ao banheiro a vontade de rir já tinha passado. Ele entrou
logo na primeira cabine vazia e fez o que tinha de fazer. Meio minuto depois
ele já estava lavando as mãos na enorme pia colocada na estrutura desenhada e ornamentada
de mármore. Ele estava terminando de enxaguar uma das mãos quando ouviu uma
conversa.
–...
se ele não sair dessa vez, teremos de nos encaminhar a Crouch – disse uma voz
masculina de dentro de uma cabine.
–
E o que exatamente eles irão fazer? – perguntou outra voz vinda de outra
cabine, Alvo reconheceu como sendo de Heth Vaisey.
–
É melhor eu não falar aqui – aconselhou o outro garoto dentro da cabine. –
Espere...
Quando
a porta da cabine onde ele estava teve o trinco aberto, Alvo se atirou por trás
da pia e ficou escondido debaixo do mármore de uma delas. Ele espichou o
pescoço lentamente para frente, tentando ver quem era, mas ele não o reconheceu.
O garoto deveria ter uns três anos a mais que ele. Cabelos bem loiros que lhe
ocultavam as orelhas e um nariz torto, como se já houvesse sido quebrado antes.
–
A barra tá limpa – disse o loiro para Vaisey.
–
E então? Qual será o plano para expulsarmos Bennett da Sonserina? – Vaisey e o
outro garoto começaram a se distanciar das cabines. Dava para ouvir o eco de
seus passos pelo chão vindo em direção às pias.
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