–
Sim, Srtª Pucey, esses são os rabicurtos que mencionei.
–
Eu não estou gostando disso – disse Isaac encarando o cercado.
Não
era de se espantar que Isaac não estivesse gostando da situação armada por
Hagrid. Os rabicurtos eram como porcos anões, mas aqueles eram muito salientes
e gordos. Os olhos eram pequenos e pretos como contas ou besouros com cascas
muito grossas. Seus rabos eram roliços, espessos e curtos, talvez fosse daí que
viera seu nome. Os rabicurtos corriam em uma velocidade muito grande pelo
cercado, se lançando na terra úmida cheia de lama e alguma coisa muito mal
cheirosa que Alvo não quis pensar muito de onde viera (ele gostaria de
acreditar que fosse apenas mais uma mistura terapêutica muito fedorenta). Havia
uns dez rabicurtos bem robustos guinchando, rolando na lama e se enfrentando.
Dava para ver a alegria no rosto de Hagrid em olhar para as criaturas, mas
nenhum aluno a compartilhava.
–
Eu sei que eu vou me arrepender de perguntar – começou Morgana Hallterman se
dirigindo agora ao professor. – Mas, qual será o nosso desafio?
–
Vocês terão de coletá-los e fazerem com que o máximo possível seja preso de
volta no celeiro – Hagrid massageou a barba volumosa que cobria sua cara. – É a
primeira vez que tento criar rabicurtos e não foi uma boa idéia tê-los deixados
soltos ai com toda essa lama e espaço para correr.
–
E por que você não faz isso? –
resmungou mais uma vez Rosier.
Hagrid
ficou meio sem palavras para responder a pergunta.
–
Você é bem maior e mais forte do que nós. E você que gosta desses bichos! Seria
bem mais fácil e prático se fosse você
a reuni-los – falou a garota com uma voz fria.
–
Bem, eu achei melhor vocês o fazerem simplesmente porque seria divertido e
porque sou o professor e sou eu quem decide o que fazer durante as minhas
aulas, Rosier! – Hagrid finalmente deixara a ingenuidade de lado e encarara
Rosier como deveria. – Coletem o máximo de rabicurtos que puderem conseguir.
Cada um valerá vinte pontos para sua casa, no caso Lufa-Lufa ou Sonserina.
Podem começar, ah, e pulem a cerca, por favor.
Alvo
despiu a capa enquanto contornava o cercado a procura de um lugar seguro para
pular, sem escorregar na lama.
–
Não deve ser muito difícil – falou Luís Weasley arqueando os joelhos e abrindo
os braços. Ele dava grandes passadas em direção a um dos rabicurtos que não o
notara. Meio metro atrás de Luís estavam Inácio e Morgana, prestando atenção no
que o amigo fazia. – Antigamente eu ajudava meu avô a cuidar dos porcos que
ficavam no celeiro da Toca. Não deve ser muito diferente.
Alvo se apoiou nas
delineações do cercado para ver o primo tentando agarrar o primeiro rabicurto.
Luís investiu rapidamente contra o demônio em forma de porco. Os pés pisaram
firmes na lama e ele se atirou contra o corpo do rabicurto, que soltou um
guincho e começou a correr. Luís ficou agarrado ao rabicurto uns quatro
Nenhum comentário:
Postar um comentário