segundos
antes de seus dedos escorrerem pela pele lisa e escorregadia da besta e dele
cair de cara na lama.
–
Não vai ser difícil, não é Weasley? – zombou Zabini enquanto Luís tirava a lama
dos olhos.
Se
Alvo não fosse amigo de Hagrid e gozasse de grande afeição pelo professor e
guarda-caça ele simplesmente ficaria correndo de um lado para o outro fingindo
estar compenetrado em agarrar o rabicurto.
Nenhum
aluno de nenhuma casa conseguia fazer muito melhor que Luís. Alguns agarravam a
cara do rabicurto, mas acabavam sendo forçados a largar depois de terem os
dedos mordidos pelos ferozes caninos do animal. Outros saltavam sobre os bichos
e caíam na lama mal cheirosa se sujando inteiramente dos pés a cabeça. Alvo até
que se divertiu um pouco tentando agarrar um pequenino rabicurto que não tivera
a oportunidade de se instalar devidamente na pocilga e mamar na teta da porca
por mais tempo. Ele era o menor, por isso chamava a atenção da maioria dos
alunos que tentavam prendê-lo. Entretanto, seu corpo mais escorregadio que
sabão molhado e sua pequena massa o permitiam correr por espaços muito pequenos
e passar por entre as pernas dos alunos. Perseu e Lucas não conseguiram conter
o riso quando o pequeno rabicurto passou em ziguezague pelas pernas e Isaac o
confundindo e o fazendo cair sentado no chão.
–
Epa! Ai! – berrou Stebbins quando um
rabicurto passou como um foguete por entre suas pernas fazendo-o dar um salto
mortal de costas e cair na lama com um baque.
–
Ah, é, vocês deveriam ter um cuidado maior com esse ai. – Hagrid corara
ligeiramente e coçara a cabeça, meio envergonhado do equivoco. – Quanto mais
eles comem e mamam maiores ficam e esse ai se alimentou até bem demais.
–
Obrigado por ter me avisado – disse Stebbins zangado tirando lama e umas
coisinhas pequenas e marrons dos cabelos.
–
Excelente, acho que a minha meta já foi alcançada – esbravejou Hagrid
esfregando as mãos e pedindo para que todos deixassem o cercado – e todos vocês
já tomaram conhecimento da regra número um quando se está falando de
rabicurtos.
–
Que eles são nojentos e que nunca mais quero ver um na minha vida – arriscou
Rosier que por se achar muito superior aos demais mal quis entrar no cercado.
– Não, menina respondona! A
regra número um é que nenhum humano comum ou sem o treinamento apropriado pode
pegar um rabicurto. – Hagrid estava explicando a expectativa de vida e
capacidade de alimentação de um rabicurto muito bem. Geralmente era comum que o
professor se enrolasse nas próprias palavras, mas naquele dia Hagrid estava se
comportando como um autêntico professor, o que passou respeito aos alunos. –
Vocês nunca conseguiriam tê-los pego, mas pela persistência e por não terem me
xingado eu darei cinqüenta pontos para cada casa –
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