quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Magia do Egito, pág 17



Ele não podia recuar, o professor dera uma ordem. Era para eles duelarem. Como o professor iria duelar, Alvo não tinha a mínima idéia. Se fosse ser amigável ou inescrupuloso e sem piedade do aluno mal comportado. Mas ele não abaixou a cabeça e acatou como um covarde. Levantou-se de sua carteira e tirou a varinha do bolso das vestes. Houve uma onda de exclamações e risos.
– Já fez seu testamento, Potter-Áspide? – perguntou Henry Thomas, não perdendo a onda de deboches e aproveitando a distração para tentar desnortear ainda mais Alvo.
– Pelo menos é corajoso e autoconfiante. Já não irei mais te transfigurar em uma sardinha – riu Buttermere erguendo a varinha em forma de bumerangue. – Sabe como se duela, não é garoto? Primeiramente, colocamos nossas varinhas na posição de combate normalmente adotada em todas as regiões. Depois fazemos uma reverência cortês para nosso oponente. Estão anotando isso?! Posso muito bem exigir essas instruções em seus exames! Não iremos nos ferir, entendido, Sr Potter? Nem nos matar, não é essa minha intenção.
Que pena – choramingou Rosier.
Alvo olhou para a turma de rabo de olho. Na periferia de sua visão se encontravam Rosa e Escórpio. Rosa estava abraçada em seu exemplar de “A Magia da Casa da Vida”, sustentando um olhar de arrependimento e desinteresse em continuar olhando para aquele espetáculo que seria o duelo. Escórpio por sua vez parecia mais empolgado em saber qual seria o desfecho do duelo, ou somente se Alvo iria sair muito ou pouco machucado. Os demais alunos apenas aguardavam nervosos, apreensivos e inquietos, muitos esticando os pescoços o máximo que podiam para ver melhor a exibição. Até sua prima linda e perfeita, Jill Weasley, que havia sido colocada em sua turma na Grifinória devido aos conhecimentos que já havia adquirido com seus pais durante sua educação em casa, estava surpreendida e tensa. Não era uma visão muito agradável.
Buttermere e Alvo se adiantaram e um fez uma reverência ao outro, Buttermere a fez impecavelmente, enquanto Alvo mais parecia um espantalho durante um vendaval.
– Ao meu sinal, Potter, poderá lançar seu primeiro feitiço. Estou te dando a chance de começar. Depois partiremos para o duelo convencional. Concorda? – ele não esperou resposta. – Ótimo. Um... dois... três...
Estupefaça! – gritou Alvo balançando a varinha com fervor.
O feitiço irrompeu de sua varinha e foi a toda em direção ao Prof Buttermere. Algumas alunas soltaram gritinhos abafados pelas mãos que levaram as bocas demonstrando sua surpresa, mas não durou muito. O professor estava preparado. Saltando para trás ele ergueu a varinha-bastão e proferiu um Feitiço Escudo suficientemente forte para anular completamente o feitiço de Alvo.
– Parabéns, Potter! Parece que você já sabe como estuporar os adversários – Buttermere não parecia muito mais que debochado, não era um elogio, com certeza.
– Obrigado, senhor. Tive um bom boneco de testes durante o ano passado – ele não se referia ao boneco-alvo do Prof Silvano, mas sim a Finnigan. E deu para notar que o garoto também entendera que Alvo se referia a ele.

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