e
pergaminhos. Por fim, Alvo colocou insatisfeito, dois livros como um escudo e
outros dois como um travesseiro, e debruçou-se contra eles, tentando ficar
confortável e parando de prestar atenção naquelas narrações do professor,
excelentes para fazer uma criança mal criada dormir.
–...
E com relação aos encantamentos de levitação que foram utilizados para
facilitar o trabalho e encaminhar sacas de terra e pessoas de um canto para o
outro. Até mesmo os duelos eram mais organizados, certa vez – Buttermere
recitava as palavras como se lidas em um pedaço velho de pergaminho descoberto
por um arqueólogo – um durara cerca de dois dias, devido as tratados implícitos
nos duelos e as legislações. Para um duelo seja bem executado conforme as
tradições são necessários o respeito mútuo por ambos os duelistas às regras e
também ficar acordados enquanto eu falo
Sr Potter!
O
Prof Buttermere deu um murro na carteira de Alvo, fazendo-o despertar de seu
transe com um salto. Um de seus livros caiu no chão com um baque, abrindo as
folhas e amassando umas duas páginas.
A
turma toda olhava em silêncio para Alvo, meio surpresa e meio assustada. Alguns
murmuravam, e outros não tinham medo de serem audíveis.
–
Que vergonha, Potter. Dormindo durante a aula – debochou Finnigan.
–
Estava esperando entrar logo em ação, heroizínho? – Rosier também estava
propensa a deboches. – Parece que você não consegue ficar quieto sem tentar ser
o melhor destruidor de objetos da turma.
Alvo
se insinuara em recolher o livro, mas o Prof Buttermere fez um gesto com a mão
o impedindo de prosseguir com a ação. Em seguida o professor agitou a varinha e
fez com que o livro voltasse a sua posição inicial, depois fez mais um aceno e
fez com que a construção de travesseiro de Alvo fosse desfeita, voltando a
arrumação que um bom e dedicado aluno teria armado.
–
Não gosta de como eu ensino, não é Potter?
–
Não, senhor – Alvo respondeu se sentindo ameaçado.
–
Acha que a aula não tem rendimento se nos mantivermos na teoria, não é, Sr
Potter? Preferiria que estivéssemos estourando caixas e fazendo coisas mudarem
de forma, não é?
Era
exatamente o que Alvo pensava, mas ele educada e sensatamente negou.
–
O senhor gosta de praticar feitiços, não é Potter?
–
Gosto, senhor.
–
Excelente. Guarde seus livros e empunhe sua varinha – Buttermere deu as costas
para Alvo e começou a abrir espaço com sua varinha de bastão por entre sua
mesinha e as outras carteiras. Formando uma espécie de círculo improvisado para
ataques. – O que está esperando, Potter?! Eu disse para desembainhar sua
varinha. Não gosta de feitiços, então vamos praticar
um pouco.
Alvo
estremeceu. Era seu desejo duelar e aprender a lançar feitiços novos, brincar
com seus colegas, mas não a ter de enfrentar o professor. Talvez somente se
fosse um exemplo a parte, mas naquele momento seria a vera. Buttermere estava
disposto a duelar com Alvo, possivelmente no mesmo nível com que duelara com
todos aqueles que perderam suas varinhas para ele. E se Alvo falhasse (o que
certamente aconteceria), iria ter a varinha confiscada para a coleção de luxo
do professor?
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