quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Magia do Egito, pág 16



e pergaminhos. Por fim, Alvo colocou insatisfeito, dois livros como um escudo e outros dois como um travesseiro, e debruçou-se contra eles, tentando ficar confortável e parando de prestar atenção naquelas narrações do professor, excelentes para fazer uma criança mal criada dormir.
–... E com relação aos encantamentos de levitação que foram utilizados para facilitar o trabalho e encaminhar sacas de terra e pessoas de um canto para o outro. Até mesmo os duelos eram mais organizados, certa vez – Buttermere recitava as palavras como se lidas em um pedaço velho de pergaminho descoberto por um arqueólogo – um durara cerca de dois dias, devido as tratados implícitos nos duelos e as legislações. Para um duelo seja bem executado conforme as tradições são necessários o respeito mútuo por ambos os duelistas às regras e também ficar acordados enquanto eu falo Sr Potter!
O Prof Buttermere deu um murro na carteira de Alvo, fazendo-o despertar de seu transe com um salto. Um de seus livros caiu no chão com um baque, abrindo as folhas e amassando umas duas páginas.
A turma toda olhava em silêncio para Alvo, meio surpresa e meio assustada. Alguns murmuravam, e outros não tinham medo de serem audíveis.
– Que vergonha, Potter. Dormindo durante a aula – debochou Finnigan.
– Estava esperando entrar logo em ação, heroizínho? – Rosier também estava propensa a deboches. – Parece que você não consegue ficar quieto sem tentar ser o melhor destruidor de objetos da turma.
Alvo se insinuara em recolher o livro, mas o Prof Buttermere fez um gesto com a mão o impedindo de prosseguir com a ação. Em seguida o professor agitou a varinha e fez com que o livro voltasse a sua posição inicial, depois fez mais um aceno e fez com que a construção de travesseiro de Alvo fosse desfeita, voltando a arrumação que um bom e dedicado aluno teria armado.
– Não gosta de como eu ensino, não é Potter?
– Não, senhor – Alvo respondeu se sentindo ameaçado.
– Acha que a aula não tem rendimento se nos mantivermos na teoria, não é, Sr Potter? Preferiria que estivéssemos estourando caixas e fazendo coisas mudarem de forma, não é?
Era exatamente o que Alvo pensava, mas ele educada e sensatamente negou.
– O senhor gosta de praticar feitiços, não é Potter?
– Gosto, senhor.
– Excelente. Guarde seus livros e empunhe sua varinha – Buttermere deu as costas para Alvo e começou a abrir espaço com sua varinha de bastão por entre sua mesinha e as outras carteiras. Formando uma espécie de círculo improvisado para ataques. – O que está esperando, Potter?! Eu disse para desembainhar sua varinha. Não gosta de feitiços, então vamos praticar um pouco.
Alvo estremeceu. Era seu desejo duelar e aprender a lançar feitiços novos, brincar com seus colegas, mas não a ter de enfrentar o professor. Talvez somente se fosse um exemplo a parte, mas naquele momento seria a vera. Buttermere estava disposto a duelar com Alvo, possivelmente no mesmo nível com que duelara com todos aqueles que perderam suas varinhas para ele. E se Alvo falhasse (o que certamente aconteceria), iria ter a varinha confiscada para a coleção de luxo do professor?

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