quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Magia do Egito, pág 15



– Professor, – pediu Rosa erguendo seu braço. Buttermere a encarou e permitiu que ela prosseguisse fazendo um gesto afirmativo com a cabeça – o senhor parece ter uma grande quantidade de varinhas egípcias. De quem elas seriam?
– De todos os bruxos que eu já derrotei – respondeu ele de maneira sombria.
Houve uma onda de murmúrios e conversas entre os alunos. Era uma coleção muito grande de varinhas egípcias na sala, sem falar que havia varinhas bem parecidas com as que Olivaras fabricava e vendia em sua loja no Beco Diagonal. Se cada varinha pertencia a um bruxo que o Prof Buttermere havia enfrentado, ele realmente deveria ser um exímio duelista.
– Mas como eu já disse, não ficarei remexendo meu passado. Vocês estão aqui para aprenderem sobre as artes das trevas e seu combate. E um estudo sobre as maneiras egípcias irão ajudar, e muito, em sua autodefesa. Por isso, gostaria que ficassem avisados de que as primeiras aulas serão em grande parte teóricas, até que vocês já dominem a arte da feitiçaria antiga e se aprofundem nos detalhes de energia e magia. Sim, Sr Potter...
– Mas senhor, o que especificamente seria a Casa da Vida? – perguntou Alvo. – Eu li boa parte de seu livro e ele só conta sua introdução e sua história, mas não qual é sua função final.
– Está dizendo isso porque sua leitura está incompleta, Sr Potter – respondeu o professor com uma ligeira rispidez. – Assim como Hogwarts, a Casa da Vida é uma escola de magia e feitiçaria. É a escola de magia e bruxaria do Egito. Infelizmente ela só aceita bruxos de sangue inteiramente egípcio, tanto para alunos quanto para professores. Nenhum bruxo ou aprendiz que não seja unicamente egípcio poderá estudar ou lecionar lá. A Casa está aberta somente a visitação dos estrangeiros.
Alvo estava sentindo uma incomum e irresistível vontade de se levantar e sair porta a fora. O que aquele professor estava pensando? Aquela era a aula de Defesa contra as Artes das Trevas, onde os alunos faziam magia para se defender e para atacar. Não era uma aula para ficar revirando a história da magia egípcia e idolatrar os egípcios como o povo maravilhosamente incrível que consegue conservar uns encantos velhos para fazer brotar água do chão ou mudar a cor de uma pintura. Se ao menos eles pudessem praticar esses feitiços milenares. Mas não. Era apenas a teoria, monótona e repetitiva.
Buttermere continuava discursando e mostrando todos os pontos positivos da magia dos egípcios. Como eles a utilizavam para construir suas pirâmides e suas tumbas subterrâneas, como as poções eram preparadas, como cada escaravelho em especial era encantado com um poder específico e sua importância e implicação na mitologia e na magia considerando os caminhos de Rá e outras lengalengas que Alvo não prestou muita atenção. O professor encantara o giz de cera para que ele copiasse na lousa tudo o que ele ditava, e enfatizava que também queria os diagramas e formas desenhados nos pergaminhos. Alvo não estava gostando nem um pouco daquela aula, não era como antes, era apenas uma aula chata.
Assim que o professor parou de ditar e ele copiou a última frase e o último diagrama, o menino empilhou os livros de outra maneira, fazendo-os tomar a forma de uma escultura parecida com um forte apache. Depois os endireitou mais um pouco, tentando tampar a visão do Prof Buttermere moldando uma cabana de livros

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