sábado, 22 de dezembro de 2012

Eldred Worple, pág 8



Mais uma vez Alvo se voltou às chamas, e ficou intrigado quando as criaturas que se formavam sumiam. Daí, algo fez com que uma curiosidade começasse a obscurecer seus pensamentos. Por mais que Alvo tentasse não pensar naquilo ela voltava com mais intensidade, por fim, convencido de que não conseguiria mais suportar ficar calado, ele se virou e abriu a boca e disse:
– Sr Worple, – começou ele depois de muito tempo em silêncio – como o senhor conseguiu ver o que acontecera lá fora vem ser visto? Pois nem eu que estava dentro de seu malão consegui enxergá-lo.
Eldred sorriu ao ouvir aquela pergunta e Tito também, pois havia sido um fato que nem ele havia levado em consideração. Worple, porém não respondeu, apenas fez com que seus olhos e o de Alvo seguissem o mesmo caminho, parando em uma cadeira recostada sobre a mesa de jantar, coberta por uma espécie de manta. Uma manta muito curiosa...
– Creio que não preciso dizer muitas palavras – sorriu Worple servindo-se de mais chá.
Alvo pressionou os dedos contra a xícara de porcelana com mais força quando ele tomou conhecimento do que era a manta. Na verdade, não era uma manta, mas sim uma capa. Uma capa longa o suficiente para abrigar um homem adulto de grande porte, ela era feita de um material tão fino que ele pensou ser de um seminviso ou de alguma outra criatura mais fantástica. Ela não era como a Capa da Invisibilidade de seu pai, mas não restavam dúvidas de que era tão bonita quanto, com sua tonalidade azul turquesa em contraste com um marrom café.
– Como você a conseguiu? – perguntou Hardcastle hesitando em olhar mais uma vez para a capa de Eldred.
– Em um jogo de baralho. Já faz um tempo – explicou o escritor e pesquisador com indiferença e naturalidade. – Eu estava de passagem pela Transilvânia para mais uma de minhas pesquisas sobra nossos irmãos de sangue. Foi uma estadia não muito aconchegante ou que estivesse no nível das instalações que me são oferecidas quando vou a algum lugar. Foi um jogo de duplas. Eu e meu amigo Sanguini contra dos vampiros chamados Sangrio Vlandescuros e sua esposa Esme Di Matar. Como recompensa pela vitória eu preservei meu pescoçoinho e ganhei a capa de Sangrio. E desde então ela me vem sendo útil e como podem ver, Sangrio era bem alto, por isso não tenho problemas em ter de me agachar para caber nela.
Antes que Alvo pudesse disser mais alguma coisa a aba da cabana se abriu e Lando Hussain voltou à cabana na companhia do pai de Alvo. Ele e Harry se encararam por alguns segundos antes de o menino saltar do sofá e se meter entre os braços do pai, abraçando-o como só fizera uma vez antes em sua vida.
– Não acredito que você saiu da cabana sem nos avisar – resmungou Harry por entre seus suspiros de alívio. Alvo sentia os pulmões do pai se incharem e

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