sábado, 22 de dezembro de 2012

Eldred Worple, pág 5



especialistas em conservação, pois mesmo que aquela madeira tivesse milênios continuaria a parecer que era uma obra recente. Encima, onde Worple exibia suas coletâneas e uns troféus e prêmios literários havia um pedaço de mármore negro bruto com inscrições em runas bordadas com ouro puro. Alvo deslizou seus dedos pelas inscrições, e mais uma vez ele lamentou não ter nenhum conhecimento sobre runas.
– Então, mais uma vez você está envolvido nesses acidentes, Alvo – disse Tito andando pela sala olhando fixamente para Alvo. Worple havia fugido para sua cozinha, onde ele esquentava a água para um chá.
– Parece que sempre estou no lugar errado na hora errada – respondeu Alvo tentando fazer-se de inocente.
– Ano passado – continuou Tito com um leve sorriso tomando o rosto – foi aquele rolo com Yaxley e sua facção de birutas e o assassinato de Baddock. Este ano, estava em pé, pisando na inscrição Marca Negra.
– Hardcastle, seja razoável com o menino – pediu Eldred ainda na cozinha. – O que ele acabou de presenciar seria o suficiente para deixar qualquer outro em estado de choque por meses.
– E o que aconteceu de tão horrível para que ele assim ficasse? – perguntou a auror feminina que Tito havia nomeado de Brocklehurst. Ela possuía longos cabelos lisos que lhe cobriam os ombros, seu corpo era como se fosse a forma de uma escultura grega de Vênus e seus seios salientes faziam com que qualquer um despertasse um desejo incomum e proeminente por ela.
– Um assassinato – respondeu Eldred com pesar na voz. Ele saíra depressivamente da cozinha carregando uma bandeja de bronze com sete xícaras de porcelana bem cuidadas. Ele passou por entre os aurores sem dizer nenhuma palavra, apenas disponibilizando as xícaras para que cada um se servisse. Quando chegou perto de Alvo, ele disse em um sussurro. – Sente-se, garoto e deixe que me entendo com os aurores. Só abra a boca quando eles ordenarem! Será melhor assim.
– Quem foi morto, Eldred? – perguntou o auror Cornfoot dando uma golada em seu chá. Este era longo como uma tora, de olhos atentos e ligeiramente maiores que o comum, mas seus óculos retangulares e angulosos encobriam sua diferença. Seus cabelos eram despenteados e ele parecia não fazer muito caso com roupas elegantes.
– O bruxo que tinha ligações com o ministro e que organizou todo esse campeonato de Quadribol.
– O Sr Tavares? – Finnigan não havia acreditado no que acabara de ouvir. – Como um homem como aquele poderia ser morto bem debaixo de nossos narizes? Ele era membro do ministério local! Não pode simplesmente ser morto! E onde estaria o corpo?

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