contrário,
escondida ligeiramente por um bigodinho da espessura de um fio desencapado.
–
Desculpe-me, Sr Bellinaso, mas insisto que reconsidere as circunstâncias e que
nos deixe com o controle sobre a situação – pediu mais uma vez Tito. Seus olhos
analisaram o Sr Bellinaso ligeiramente, depois passaram para a grama onde ele
pisava e seus olhos se arregalaram ao ver a forma que a queimada adquirira. – O
senhor sabe o que significa esta marca onde está pisando?
O
Sr Bellinaso baixou seus olhos para o chão e seguiu os contornos da grama morta
até a faixa negra que se distendia.
–
É a Marca Negra, correto? A marca de Vol... Perdão, nós não tememos seu nome
tanto quanto vocês. É a marca d’Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
–
Correto, senhor – confirmou Simas Finnigan. – E sendo desta maneira gostaria
que o senhor considerasse mais uma vez. Temos o dever de investigar isso por nós mesmos.
–
Compreendo, é uma questão de honra e patriotismo. – Bellinaso olhou mais uma
vez para as marcas queimadas e depois para Alvo e para o Sr Worple. – Os
deixaremos cuidar do caso, mas fiquem livres para pedir nossa colaboração para
o que bem entenderem.
–
Assim o faremos – garantiu Tito enquanto o esquadrão do pai de Pedro deixava a
área com sonoros estalos, desaparatando.
–
É melhor que todos entrem em minha cabana – sugeriu o Sr Worple abrindo a tenda
e indicando seu interior para os aurores. – Está mais aquecida e não teremos de
ficar olhando para esta marca indesejável.
–
Concordamos – respondeu Hardcastle por todos seus companheiros. – Vamos então.
Cornfoot, Finnigan, Brocklehurst, Hussain...
Os
aurores entraram na cabana do Sr Worple um a um seguidos por Alvo que passara
pela aba da tenda timidamente e se postou espremido entre alguns móveis do
escritor.
A
cabana do Sr Worple era relativamente maior que a de Alvo. Sua sala de estar
era redonda como o interior de um cone. O chão era coberto por taboas corridas
e suportava o peso de uma grande mesa de centro, três pares de cadeiras, um par
de poltronas da cor do crepúsculo e uma mesa mais encostada na lona onde o
autor repousara uma máquina de escrever encantada. Também havia uma guirlanda presa no escape da
chaminé que era enfeitada com dentes de alho.
Não havia objeto mais
impressionante que aquela lareira do Sr Worple. Ela era do tamanho perfeito
para que Lílian e Hugo se escondessem por algum tempo durante uma brincadeira
de esconder. Havia uma proteção de barras de ferro da espessura de um lápis de
escrever. Seu contorno era de madeira com inscrições e figuras entalhadas que
deviam ser envernizadas periodicamente por uma comissão de
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