perdiam
por entre as chamas da lareira do Sr Worple. Elas eram verdadeiramente
hipnotizantes.
–
Prior Incantato – cantou Harry
cruzando sua própria varinha com a de Eldred. Durante poucos segundos as duas
ficaram unidas por um elo mágico e invisível que ninguém notou. Logo depois
fagulhas prateadas e pequenos estalos, como os das festas infantis que explodem
quando jogados no solo, encheram o ar. Uma leve fumaça branca rondou a varinha
de Eldred e se extinguiu ao chegar a sua ponta. Harry devolveu, então, a
varinha a seu determinado dono, soltando uma longa baforada de ar, aliviado. – Deletrius – disse ele cessando os
estalos. – Ele está limpo. Seu último feitiço foi um Expelliarmus.
–
E a varinha do garoto?
–
Kingsley! – Harry não se conteve, e
acabou dando um passo à frente, desta vez pondo seu próprio corpo na frente do
de seu filho, no mesmo intuito de Gina, protegê-lo e preservá-lo. – Não está
achando que meu filho fez isso, está? Francamente, você tem idéia do que está
falando? Como um garoto de doze anos poderia executar um feitiço que nem um
bruxo experiente consegue?
–
Perdão – murmurou Kingsley abaixando a cabeça como um garotinho mal comportado.
– Acho que vocês estão liberados. Eldred, se me dá permissão, gostaria de utilizar
sua cabana como centro para meus aurores. Não demorarei mais que meia hora.
Potter, também gostaria que você ficasse. Sua esposa e seu filho estão
liberados.
–
Que ótimo, o que espera que eu vá fazer às quatro da manhã? – bramou Eldred
levemente irritado. Ele se encaminhou para um cesto de roupas limpas que estava
repouso em uma bancada na área de sua cabana onde havia um lavatório e uma despensa.
Worple encheu as mãos com pares de meias enroladas em forma de bolas e seguiu
para fora da cabana, resmungando. – Vou então alimentar minha mala. Não vou deixar que fiquem sozinhos em minha
cabana – acrescentou ele baixinho.
Alvo
imaginou como seria alimentar a mala animal de estimação, mas naquela ocasião
certamente sua mãe não ficaria naquelas redondezas mais alguns minutos para
ficar vendo Eldred dar de comida para sua bagagem.
Gina
se despediu de Harry tocando-lhe seus lábios com os próprios e murmurando em
seu ouvido o mais baixo possível: “Vai das tudo certo”. Ela agarrou mais uma
vez com suas garras o ombro de Alvo e o forçou a sair da cabana, pois mais uma
vez ele se perdeu admirando a lareira.
–
Mádi, aproveite para apagar esta maldita marca entalhada no chão. Se a marca
foi proveniente de um feitiço, usando outro, talvez resolva o problema – aconselhou
Quim para a auror.
Quando
Alvo e Gina saíram da barraca e seguiram caminho à sua, dera para ouvir a voz
de Brocklehurst tentando apagar a Marca Negra entalhada no chão.
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