–
Finite – disse Mádi fazendo com que a
grama voltasse a ser verde e que o queimado sumisse.
–
Então, o que houve mais pra lá? – perguntou o tio Rony que montou um
acampamento improvisado com cadeiras de armar e uma mesa com chocolate quente e
café onde ele Hermione e Tiago aguardavam.
–
Algo que não quero que meu filho escute – respondera Gina em uma indireta muito direta a Tiago. – Já tivemos
problemas demais e Quim parece estar começando a perder os estribos.
–
Você não sabe da missa metade – deixou escapar Rony revirando os olhos.
–
Você está bem, Alvo? – perguntara a tia Hermione com cara de preocupada.
–
Parece que engoliu uma lesma do Hagrid – comentara Tiago tentando fazer graça e
animar os demais, mas apenas conseguindo fazer com que o estômago de Alvo se
revirasse ainda mais.
–
Tiago, isso é coisa para se falar?! –
ralhou Gina.
–
E eu estava quase engolindo um marshmallow!
– reclamou o tio Rony.
–
Eu estou bem – respondeu Alvo melancólico e com um baita enjôo que só passaria
se ele fosse se deitar. A cabeça girava e os olhos estavam vermelhos e
comprimidos e dava para sentir que olheiras brotavam em sua face. Não havia
mais a lareira do Sr Worple para lhe entreter. Não havia mais o que pensar ou
assustar, então sua mente começara a implorar por um pouco de descanso. – Eu só
preciso dormir.
E
sem falar mais nada para ninguém, ele voltou cambaleando lentamente para seu
quarto. Arrastando o corpo ele chegou na cama onde se atirou sem hesitar. Sentindo cada músculo vibrar e pulsar ele
conseguiu fechar os olhos e não pensar mais em nada. Somente nas figuras das
criaturas que ele criara enquanto era absorto pelas labaredas da lareira bem
cuidada de Eldred Worple. E assim como as chamas, Alvo fez o favor de se apagar
para o mundo e só acordar na metade da manhã do dia seguinte, quando a voz de
seu pai varreu o silêncio matutino acompanhado pelo barulho das barracas
começando a serem desarmadas.
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