sábado, 22 de dezembro de 2012

Eldred Worple, pág 13



– Ministro, o que fazemos com ele? – perguntou Simas Finnigan com a mão cerrada na gola da camisa de Escórpio Malfoy. O garoto de pele pálida tentava se desvencilhar das mãos de Finnigan, com um ar gozador na face. Mas Finnigan estava firme em sua posição e não permitiu que Escórpio se soltasse.
– Meu pai vai saber disso! – rugiu Escórpio com o costumeiro bordão dos jovens filhos de um Malfoy. – Ele também vai saber que há uma Marca Negra tostada na grama e uma língua que chega a uns cinco metros! Quero ver se vocês vão gostar quando ele encerrar as doações para os Departamentos e para o St Mungus!
– Simas, largue-o – pediu Quim massageando a testa como se tentasse curar mais aquela dor de cabeça que Escórpio lhe proporcionava. – Você não pode estar aqui, menino. Não é assunto para uma criança como você.
– Sou mais velho que Alvo, e ele está aqui! – retrucou Escórpio como se já considerasse utilizar este argumento momentos antes.
Alvo não pode deixar de deixar escapar um riso relativo à atitude arisca e desobediente de Escórpio. O amigo sempre soube como utilizar as circunstâncias ao seu favor. E Alvo secretamente tentava memorizar algumas artimanhas, mas não queria que Malfoy tivesse conhecimento deste. Mas reverter o jogo e fazer com que as peças se movessem ao seu favor era uma habilidade fantástica. Se ele não o conhecesse, Alvo acreditaria que Escórpio era um bom jogador de xadrez, mas como o conhecia, sabia que ele mal distinguia um bispo de um rei.
– O menino Potter tem um real motivo para estar aqui. Não está entrando de penetra como você – respondeu Kingsley firme em não deixar ser iludido ou ludibriado por um garoto de doze anos. – Fui gentil em ordenar que o soltassem, mas não permitirei que você permaneça aqui.
– O senhor não pode... – Escórpio se calou, por um estante talvez ele tenha se esquecido que estava falando com o Ministro da Magia, o homem mais poderoso e de maior influência no mundo bruxo da Grã-Bretanha. Seu rosto ficou ligeiramente corado, o que quando se é pálido dá-se mais destaque.
– Cornfoot, leve o garoto até sua barraca. Os pais devem estar preocupados – ordenou Kingsley indicando com a mão a aba da barraca, como se guiasse Escórpio por seus sentidos falhos.
Emburrado, Malfoy seguiu em passos curtos Cornfoot que o levou até sua barraca, onde seus pais dormiam tranquilamente e o único movimento de preocupação eram as fungadas e os choros esganiçados de sua elfa.
Enquanto isso na cabana o Sr Worple e Alvo contavam mais uma vez para o Ministro e para os aurores como fora feita a emboscada que armaram para assassinar o Sr Tavares. Gina ficara horrorizada com os detalhes que o autor e seu filho narravam. Apertando cada vez mais o ombro de Alvo como se o protegesse de algo invisível e perigoso. Harry, por outro lado, se mantinha em uma postura ereta e

Nenhum comentário:

Postar um comentário