–
Ministro, o que fazemos com ele? – perguntou Simas Finnigan com a mão cerrada
na gola da camisa de Escórpio Malfoy. O garoto de pele pálida tentava se
desvencilhar das mãos de Finnigan, com um ar gozador na face. Mas Finnigan
estava firme em sua posição e não permitiu que Escórpio se soltasse.
–
Meu pai vai saber disso! – rugiu Escórpio com o costumeiro bordão dos jovens
filhos de um Malfoy. – Ele também vai saber que há uma Marca Negra tostada na
grama e uma língua que chega a uns cinco
metros! Quero ver se vocês vão gostar quando ele encerrar as doações para
os Departamentos e para o St Mungus!
–
Simas, largue-o – pediu Quim massageando a testa como se tentasse curar mais
aquela dor de cabeça que Escórpio lhe proporcionava. – Você não pode estar
aqui, menino. Não é assunto para uma criança como você.
–
Sou mais velho que Alvo, e ele está aqui! – retrucou Escórpio como se já
considerasse utilizar este argumento momentos antes.
Alvo
não pode deixar de deixar escapar um riso relativo à atitude arisca e
desobediente de Escórpio. O amigo sempre soube como utilizar as circunstâncias
ao seu favor. E Alvo secretamente tentava memorizar algumas artimanhas, mas não
queria que Malfoy tivesse conhecimento deste. Mas reverter o jogo e fazer com
que as peças se movessem ao seu favor era uma habilidade fantástica. Se ele não
o conhecesse, Alvo acreditaria que Escórpio era um bom jogador de xadrez, mas
como o conhecia, sabia que ele mal distinguia um bispo de um rei.
–
O menino Potter tem um real motivo para estar aqui. Não está entrando de
penetra como você – respondeu Kingsley firme em não deixar ser iludido ou
ludibriado por um garoto de doze anos. – Fui gentil em ordenar que o soltassem,
mas não permitirei que você permaneça aqui.
–
O senhor não pode... – Escórpio se calou, por um estante talvez ele tenha se
esquecido que estava falando com o Ministro da Magia, o homem mais poderoso e
de maior influência no mundo bruxo da Grã-Bretanha. Seu rosto ficou
ligeiramente corado, o que quando se é pálido dá-se mais destaque.
–
Cornfoot, leve o garoto até sua barraca. Os pais devem estar preocupados –
ordenou Kingsley indicando com a mão a aba da barraca, como se guiasse Escórpio
por seus sentidos falhos.
Emburrado,
Malfoy seguiu em passos curtos Cornfoot que o levou até sua barraca, onde seus
pais dormiam tranquilamente e o único movimento de preocupação eram as fungadas
e os choros esganiçados de sua elfa.
Enquanto isso na cabana o
Sr Worple e Alvo contavam mais uma vez para o Ministro e para os aurores como
fora feita a emboscada que armaram para assassinar o Sr Tavares. Gina ficara
horrorizada com os detalhes que o autor e seu filho narravam. Apertando cada
vez mais o ombro de Alvo como se o protegesse de algo invisível e perigoso.
Harry, por outro lado, se mantinha em uma postura ereta e
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