sábado, 22 de dezembro de 2012

Eldred Worple, pág 12



– Esse é um assunto sigiloso e confidencial, Eldred. Como Ministro da Magia, tendo firmado meu juramento perante as testemunhas presentes no dia do acontecimento, para sua própria segurança, não posso dizer nada.
– Mas então o senhor confirma que houve uma fuga? – Alvo não pode deixar de reparar que os olhos do Sr Worple passaram rapidamente por uma pena repousada em sua escrivaninha e que o escritor, quase que imperceptivelmente movimentara os dedos para que essa ganhasse vida.
– Não lhe direi nada. E pode fazer o favor de controlar sua pena de repetição rápida! – Quim também percebeu os movimentos do Sr Worple. – Não entregará nenhum furo jornalístico para Barnabás Cuffe sem que eu saiba... Eu não esperava isto de você, Eldred.
– Mas então, o que faremos com relação ao caso de Pascal Tavares, ministro? – desde seu último encontro com o Ministro fora do Ministério, Harry não dava sua opinião antes de ouvir a de Kingsley, pois o chefe dos aurores não queria que o amigo, e consequentemente seu chefe, se exaltasse da mesma maneira outra vez.
– Quero ouvir os testemunhos de seu filho e de Eldred completos – Kingsley não deixou de colocar muita ênfase nesta parte – mais uma vez. Depois disso, pedirei para que ambos se retirem, junto com sua esposa, para que possamos organizar uma forma de amenizar a situação e tentar aprisionar os responsáveis pelo assassinato...
– Não poderá me expulsar de minha própria barraca! – protestou Eldred fazendo birra.
– Como ministro da Magia, eu tenho total poder para desapropriar estar barraca do senhor pelo tempo que julgar necessário. Então antes de protestar, Sr Worple, gostaria que se lembrasse com quem está falando. Sou o ministro e não mais um amiguinho seu bebedor de sangue!
– Quim, está sendo muito duro com o homem – murmurou Harry ao lado de Quim.
– Só assim ele saberá qual é seu devido lugar – respondeu Kingsley friamente. – Gostaria que começássemos com os testemunhos. Eldred, se não se importar...
– Ei, garoto! Você não pode entrar ai! – soou a voz de Simas Finnigan do lado de fora da barraca como um canhão. Ele e Cornfoot ainda estavam de guarda e dava para ver seus vultos pelo lado de dentro da cabana. Eles se movimentavam de um lado para o outro tentando agarrar um terceiro vulto que tentava invadir a barraca. Foi engraçado ver os dois aurores serem postos para correr pelo terceiro e Alvo só não começou a rir alto com alegria pela situação em que se encontrava. Quando finalmente Simas conseguiu agarrar a gola do terceiro vulto, Alvo parou de forçar o riso à ficar somente para seu eu interior. Quando a aba da cabana se abriu os aurores trouxeram o terceiro vulto, mas Alvo já esperava que este fosse quem ele imaginava ser.

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