sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Regresso ao Castelo, pág 17


Novamente o único som vindo daquele coche foi o do cair da chuva do lado de fora. Quando ele estacionou à frente das enormes portas de carvalho que davam para o interior da magnífica construção do castelo de Hogwarts, um relâmpago cortou o céu, clareando a noite por meio segundo e logo fora seguido de uma trovoada. A chuva se transformava gradualmente em uma terrível tromba d’água e os caminhos de terra que serpenteava mais para baixo, por onde as outras carruagens passavam, iam se tornando um escorregadio campo minado cheio de armadilhas, lama e cascalhos soltos.
Quando os seis desembarcaram, seus corpos foram lavados pela chuva que chacoalhava as janelas difusas que brilhavam como estrelinhas presas às paredes do castelo. Eles correram pelo lance de escadas rápido, com as cabeças abaixadas e as capas grudadas aos corpos, só parando para dar assistência a Isaac quando ele escorregara em um degrau e deslizara por dois lances de escada. Tal trapalhada não ajudara muito para melhorar seu humor ainda abalado.
– Andem crianças, venham logo. Aqui está quente e seco – convocava o Prof Flitwick dentro do saguão de entrada da escola, iluminado por archotes que queimavam e aumentavam o calor dentro do castelo. – Se continuar a chover desse jeito haverá outra inundação.
O Prof Flitwick dava suporte aos alunos que chegavam das carruagens completamente molhados e sujos de lama. Sua varinha estava em punho e ele a agitava como um secador de cabelos nas vestes e nas meias dos alunos para tentar melhorar seus estados de apresentação.
– Suas capas de chuva estão identificadas com seus nomes? – perguntou o minúsculo professor sem desgrudar o olhar da meia de um garoto do quarto ano da Grifinória que tinha o tênis limpo pelo professor. – Ótimo, coloquem-nas neste soldado e depois venham até mim para que eu possa enxugá-los.
Em seguida uma mão de pedra se estendeu a poucos centímetros do ombro de Alvo. Ele levara um susto e quase caíra ao se virar bruscamente para visualizar quem estendera a mão.
Uma armadura de pedra de um soldado tinha as duas mãos estendidas como se esperasse que eles o dessem algum pertence. A armadura rangeu e fez sinal para a capa de chuva molhada de Lívio e ele logo a colocou em seu dedo mindinho de pedra.
Depois de entregar a capa ao soldado, Alvo percorreu toda a extensão do Saguão de Entrada e pode perceber que todas as estátuas e armaduras haviam sido encantadas e ordenadas a servirem como cabides para as capas encharcadas e gotejantes dos alunos que chegavam.

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