Alvo
colocou a mochila nas costas e cobriu seu corpo com sua capa de chuva, gesto
que foi seguido por todos seus amigos.
As
portas da locomotiva foram abertas e os estudantes puderam sair do Expresso
Hogwarts e saltar para a plataforma da estação de Hogsmeade. Definitivamente,
era melhor estar no trem.
O
vento uivava gelado, fazendo com que os corpos se contraíssem com frio. A água
era espalhada pelos lados e se chocava com os olhos causando irritação e
forçando todos a semicerrá-los. Um guarda-chuva saiu voando, carregado pelo
vento, e passou a centímetros da cabeça de Lana.
Os
seis prendiam as capas de chuva ao corpo, mas elas de nada adiantavam. Dava
para sentir a água penetrar pelas capas de plástico e molhar as vestes e os
corpos dos estudantes. Estava tudo uma imundície.
–
Alunos do primeiro ano! Por aqui, por favor! Primeiro ano, aqui! – urrava a voz
rouca de Rúbeo Hagrid, o guarda caça e guardião das chaves de Hogwarts. Sua voz
deveria ser mais alta que o uivar do vento (talvez proporcional ao seu
tamanho), mas eram poucos os estudantes que a conseguiam ouvir. – Primeiro ano,
aqui!
–
Oi, Hagrid! – gritaram Alvo e Rosa chamando a atenção do gigante amigo e
professor de Trato das Criaturas Mágicas.
–
Alvo, Rosa! Carambolas, vocês não param de crescer! – Hagrid fez menção em
abraçar os dois, mas visto que ele estava mais encharcado de água que os
amigos, ele preferiu não piorar a situação. – Que noite, hem?!
–
Vocês ainda vão ter de atravessar o lago? – perguntou Rosa. – Quero dizer,
parece meio perigoso.
–
Tenho prática nisso, mas não quer dizer que não haja riscos. Mas é uma tradição
que não posso descumprir – Hagrid sempre foi muito correto com tudo que
dissesse respeito à Hogwarts e a seus funcionários. – Só espero que ninguém se
afogue. Ei, garoto! Volte aqui! Você é do primeiro ano então me siga!
–
Não vou passar pelo lago. É suicídio! – berrou o garoto batendo o queixo.
–
Vai sim, porque eu estou mandando! E menos cinco pontos para qual for a casa
que você vá!
–
Você não pode tirar pontos de minha futura casa. Está pirado? – deu para ver
que o garoto era bem respondão.
–
Posso sim, sou professor! E não me force a ter de te carregar para dentro do
bote! – ele se virou para Alvo e Rosa. – Desculpe não poder dar atenção a
vocês. Está tudo um caos! Ei, seu malcriado! Já disse que você vem por aqui!
Tremendo,
Alvo, Rosa, Lucas, Isaac, Lívio e Lana seguiram para o outro lado da estação
onde ficavam as carruagens que levavam os demais alunos para o castelo. Quando
chegaram lá, se depararam com os demais alunos se apinhando rentes as
carruagens cobertas por toldos tentando pegar as melhores. A chuva piorava.
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