sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Regresso ao Castelo, pág 15


Alvo colocou a mochila nas costas e cobriu seu corpo com sua capa de chuva, gesto que foi seguido por todos seus amigos.
As portas da locomotiva foram abertas e os estudantes puderam sair do Expresso Hogwarts e saltar para a plataforma da estação de Hogsmeade. Definitivamente, era melhor estar no trem.
O vento uivava gelado, fazendo com que os corpos se contraíssem com frio. A água era espalhada pelos lados e se chocava com os olhos causando irritação e forçando todos a semicerrá-los. Um guarda-chuva saiu voando, carregado pelo vento, e passou a centímetros da cabeça de Lana.
Os seis prendiam as capas de chuva ao corpo, mas elas de nada adiantavam. Dava para sentir a água penetrar pelas capas de plástico e molhar as vestes e os corpos dos estudantes. Estava tudo uma imundície.
– Alunos do primeiro ano! Por aqui, por favor! Primeiro ano, aqui! – urrava a voz rouca de Rúbeo Hagrid, o guarda caça e guardião das chaves de Hogwarts. Sua voz deveria ser mais alta que o uivar do vento (talvez proporcional ao seu tamanho), mas eram poucos os estudantes que a conseguiam ouvir. – Primeiro ano, aqui!
– Oi, Hagrid! – gritaram Alvo e Rosa chamando a atenção do gigante amigo e professor de Trato das Criaturas Mágicas.
– Alvo, Rosa! Carambolas, vocês não param de crescer! – Hagrid fez menção em abraçar os dois, mas visto que ele estava mais encharcado de água que os amigos, ele preferiu não piorar a situação. – Que noite, hem?!
– Vocês ainda vão ter de atravessar o lago? – perguntou Rosa. – Quero dizer, parece meio perigoso.
– Tenho prática nisso, mas não quer dizer que não haja riscos. Mas é uma tradição que não posso descumprir – Hagrid sempre foi muito correto com tudo que dissesse respeito à Hogwarts e a seus funcionários. – Só espero que ninguém se afogue. Ei, garoto! Volte aqui! Você é do primeiro ano então me siga!
– Não vou passar pelo lago. É suicídio! – berrou o garoto batendo o queixo.
– Vai sim, porque eu estou mandando! E menos cinco pontos para qual for a casa que você vá!
– Você não pode tirar pontos de minha futura casa. Está pirado? – deu para ver que o garoto era bem respondão.
– Posso sim, sou professor! E não me force a ter de te carregar para dentro do bote! – ele se virou para Alvo e Rosa. – Desculpe não poder dar atenção a vocês. Está tudo um caos! Ei, seu malcriado! Já disse que você vem por aqui!
Tremendo, Alvo, Rosa, Lucas, Isaac, Lívio e Lana seguiram para o outro lado da estação onde ficavam as carruagens que levavam os demais alunos para o castelo. Quando chegaram lá, se depararam com os demais alunos se apinhando rentes as carruagens cobertas por toldos tentando pegar as melhores. A chuva piorava.

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