Bao
olhou por trás do ombro para os colegas. Outros quatro pareciam tão tensos e
nervosos quanto ele, porém aquele olhar de Bao parecia como o sinal para que
todos efetuassem o mesmo ato. E assim foi feito. Todos os que foram mirados por
Bao sacaram um bloquinho ou um caderno junto com uma caneta tinteiro ou uma
pena. E então quatro carinhas chorosas de primeiranistas imploraram:
–
Por favor, nos deem um autógrafo!
Alvo
foi pego de surpresa. A última coisa que ele esperava era ser surpreendido por
alunos do primeiro ano que quisessem seu autógrafo. Ele entendia um pouco o que
os garotos sentiam. Era seu primeiro ano como bruxos e a primeira coisa que
eles queriam era receber o carinho ou a benção de um bruxo famoso, e quando
esse bruxo ainda era um aluno, tudo era mais fácil, mas também mais tenso.
–
Querem um autógrafo de todos nós? –
perguntou Isaac com uma pontada de esperança.
–
Você estava na luta contra Yaxley? – perguntou Bao.
–
Não.
–
Ou fazia parte do grupo que causou o caos em Hogwarts? – perguntou o garoto loiro.
–
Também não – negou Isaac.
–
É não precisa, não. Obrigado por sua gentileza.
Isaac
emburrou a cara e se cobriu de inveja.
–
Por favor, Sr Potter! Só um autógrafo, ou uma rubrica que seja e nós vamos
embora. – Alvo estava vendo a hora em que Bao iria se ajoelhar e começar a
agarrar sua perna.
–
Já está exagerando, Bao. Não se humilhe tanto – disse uma garota de expressão
fechada que mal se movera para conseguir um autógrafo de Alvo ou de Rosa.
Comovido
pelo desespero de Bao e também temendo que outras pessoas vissem a possível
cena que o garoto asiático formava, Alvo concordou em assinar os cadernos. Rosa
também confirmou e recebeu uma pena de uma garota ligeiramente familiar a Alvo.
Ela
tinha cabelos castanhos muito claros e um rosto meio angular. Suas maçãs do
rosto eram salientes e coradas e seu rosto e bem fofinho. Alvo não teve
problemas em identificá-la, mas Lana fez o favor de decifrar aquele enigma com
mais rapidez.
–
Oi, Natália – disse sorrindo.
–
Eh, oi irmã! Eu nem te vi.
Aquela
era Natália Longbottom, a filha do meio de Neville com Ana. A garota que Alvo
já havia visto centenas de vezes brincando no Caldeirão Furado, naquele momento
pedia um autógrafo para Rosa.
– Dizem que você é tão bom
jogador de quadribol quanto seu pai – comentou um garoto de pele clara e
cabelos amarronzados que tinha o caderno assinado por Alvo.
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