custaria
nada contar a ele o que contou para mim. Talvez ele se sinta melhor com isso.
–
Sobre o que estão falando? – perguntou Isaac intrometido.
–
Malfoy – respondeu Alvo mordiscando uma Varinha de Alcaçuz.
–
Ah, deixa ele pra lá! – exclamou Isaac agarrando um Sapo de Chocolate que
saltara de seu colo e arrancando-lhe uma das pernas com uma dentada. – Já foi
surpresa suficiente ele ter sido amigável com vocês. Também deixem o garoto
querer ser estranho, é um direito e um gosto da família dele!
Antes
que qualquer um pudesse falar alguma coisa, uma agitação no lado de fora da
cabine pode ser notada.
Um
bando de alunos novos se amontoava no corredor, travando a passagem. Deveriam
ter uns sete calouros se espremendo contra o vidro da porta de correr. A
pressão era tanta que deu para ouvir a vidraça trincando e a cada baforada
expelida por um novato, o vidro ficava embaçado devido ao ar rapidamente
condensado.
–
Ei! O que vocês querem aqui! – exclamou Isaac saltando e enchendo o peito como
se fosse um guarda cheio de moral.
Os
calouros se afastaram da porta e se encolheram na parede oposta. Isaac abriu a
janela com fervura e encarou as faces temerosas dos primeiranistas.
–
Quem o vê dessa maneira acha que é o tremendo valentão da escola – implicou
Lucas fazendo com que todos na cabine rissem.
–
Assim você me quebra! – reclamou Isaac murchando e voltando para seu lugar.
Os
primeiranistas continuaram encolhidos no canto. Alguns empurravam outros para
que estes se aproximassem da cabine, mas estes firmavam os pés no chão como se
dentro da cabine existisse uma quimera faminta.
–
Você fala.
–
Não, fala você! Você é a mais corajosa.
–
Fala logo, garoto.
–
Por que eu?
–
Porque você que insistiu que nós viéssemos para cá.
–
Vai logo, Bao! – exclamou um garoto loiro empurrando outro garoto de olhos
asiáticos, chamado Bao, para a beirada da cabine.
–
Ah, oi – o garoto parecia próximo de um colapso mental. – E-eu me chamo Bao...
V-você é Alvo Potter, não é?
–
Sou – confirmou Alvo.
–
E, e v-você é Rosa Weasley? – Bao gaguejava e agora seu dedo trêmulo apontava
para Rosa.
–
Sim.
–
E o que vocês querem? – perguntou Isaac meio que impaciente.
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