sábado, 20 de outubro de 2012

A última reunião do Sr Tavares, pág 9



Hagrid). Ou fossem objetos fantásticos pertencentes ao seu dono. Mas Alvo não pode não pensar no bilhete.
Se o malão fosse encantado, quiçá pudesse diferenciar aqueles que tentassem abri-lo. Afinal de contas, ele mencionava no poema o ladrão, o saqueador o curioso e seu dono. Alvo hesitou em encostar a ponta de seus dedos na alça que abria o malão. Ele esperava que a mala entendesse que ele era apenas o curioso, mas antes de abri-la ele se lembrou de um dos versos. “Cuidado com seu desejo/ Pois ele matou o gato”. Matar. E se a morte também aguardasse ao curioso? E se o malão não distinguisse o ladrão ou saqueador do curioso? Mas Alvo estava decidido em descobrir o que havia lá dentro. Ele era assim, não gostava de desistir de suas metas. Foi assim que entrara para a equipe de quadribol da Sonserina e se tornara um dos melhores jogadores do time. Assim que combatera e vencera Yaxley.
Ele firmou a mão na alça. E caso houvesse alguma precipitação, ele pularia para o mais longe possível.
Com um grande esforço, ele abriu o malão e se deparou com uma infinidade de objetos secretos e místicos. Havia espelhos e algumas caixas de varinhas empilhadas organizadamente pelo contorno do malão. Certamente seu dono era um homem de impecável olhar perfeccionista e um dom para organizar coisas. Havia livros de capas interativas e chamativas, mas mantendo um tom de sabedoria. Também havia figurinhas de sapos de chocolate e algumas peças de roupas. Longas camisas de mangas, sapatos de couro de crocodilo, luvas de pelo de unicórnio e gravatas de todas as cores.
Alvo se encantara pela tamanha organização da mala, mas não entendera por que tanto alarde e suspense com relação a sua violação. Sim, ele não deveria ter aberto o conteúdo de outro bruxo, mas por que não havia um cadeado. Talvez toda aquela história de morte e desafio fosse apenas uma brincadeira. Ele já estava prestes a fechar a mala quando algo surpreendente aconteceu.
Uma das gravatas ganhou vida e se enroscara na cintura de Alvo como uma corda. A aba da mala começara a tremer como os lábios de uma boca faminta. “Alimentar a cada seis horas”. A mala ganhou vida e mais parecia um urso faminto tentando abocanhar sua presa.
Alvo se debatia tentando se livrar da gravata-língua que apertava cada vez mais sua cintura. Ele sentia a bacia sendo espremida pela gravata e de alguma forma o ar faltava em seus pulmões. Que falta fazia a varinha em mãos. Como um bruxo de Hogwarts poderia ter deixado sua varinha na mochila e se aventurado na noite desprotegido? Foi imprudente mais uma vez, e estava pagando por isto.
A língua ganhara força e comprimento, chegando a tirar os pés de Alvo do chão. A força da grava estava aumentando, e Alvo não sabia o que fazer. Suas mãos estavam vermelhas e ficando mais fracas a cada tentativa de rasgar a gravata. Por fim, a

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