sábado, 20 de outubro de 2012

A última reunião do Sr Tavares, pág 7



Ministério que aceitou suas desculpas mais uma vez. Ele deveria ir para Azkaban novamente! Apodrecer lá!
– Ele é seu avô! E eu achei que você estivesse ficado feliz em saber que ele estava vivo! – protestou Alvo erguendo o corpo ligeiramente. O ódio que provinha das palavras de Escórpio era raro e ele nunca as havia ouvido sendo com relação a um parente direto. Ele pensou momentaneamente em seu avô, em como ele tinha apreço por ele.
– Um avô que largou a família em pró de uma loucura! E pensou errado se achou que gostei... Bem, no início, mas depois de eu ter contado para papai, ele não se mostrou muito mais feliz. Ele me contou o que meu avô fez no passado e como ficara quase louco quando Voldemort morreu. Tomara que onde ele esteja haja entrega de jornais! Queria que ele visse o que aconteceu com Yaxley! Queria que todos que armam planos mirabolantes vissem o que acontece com seus ideais e filosofias quando pessoas como nós lhes barramos o caminho!
Alvo pensou naquele momento no Sr Tavares e em seu grupo secreto de anglo-latinos. O que eles estariam tramando por debaixo dos panos. Se eles seriam tão inescrupulosos quanto Yaxley e sua Sociedade da Serpente. Alvo tentou varrer estes pensamentos de sua cabeça, mas desta vez não conseguiu com a mesma facilidade de antes.
– Espero que não haja mais aventuras esse ano – comentou Alvo, levianamente.
– É por isso que não foi para a Grifinória – caçoou Escórpio deixando escapar um sorriso. – Deveria estar torcendo para mais alguém tentar aprontar. Ai nós o deteríamos.
– Você consegue ser engraçado quando quer – disse Alvo compartilhando o sorriso e a piada.
– É um dom que prefiro não espalhar para quem não o mereça – falou Escórpio dando de ombros para Alvo. – Vou embora. Já não tem muito mais para se ver.
– Eu também. Só vou até a fonte e depois volto. Talvez assim eu queira dormir.
– A escolha é sua. – Escórpio começou a andar por entre as cabanas em direção a um destino desconhecido por Alvo. – Então... até o Expresso Hogwarts.
– Até – respondeu Alvo, educadamente.
Sem ter com quem falar, Alvo peregrinou pelo acampamento mantendo o profundo silêncio que tomara toda a extensão da floresta. Ele queria clarear mais o caminho que serpenteava por entre as barracas aglomeradas em bandos ao redor do gramado verde e irregular muito mal aparado, pois as diferentes e difusas luzes de tonalidades e intensidades distintas já estavam lhe dando dores de cabeça, mas esquecera sua varinha na a mochila que deixara na cabana. Não podendo aumentar a claridade da trilha, ele a memorizou e seguiu de olhos fechados, imaginando o comainho em sua mente. Tentando não esbarrar em nada.

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