sábado, 20 de outubro de 2012

A última reunião do Sr Tavares, pág 6



sustentação. A decoração feita pela família de bruxos havia sido desfeita e pichada com palavras de baixo calão escritas em uma língua que Alvo não conhecia. Não havia ninguém por perto para analisar os estragos. O que indicava que alguém já o havia feito.
– É por isso que eu não gosto de quadribol – falou uma voz às costas de Alvo.
O garoto se virou e deparou-se com Escórpio Malfoy de braços cruzados e o corpo recostado em uma árvore que crescia de maneira irregular. Escórpio também ainda estava trajado com as roupas finas que levara para o estádio e seu rosto mantinha sua expressão fria e inabalada.
– Não foi o quadribol que destruiu esta barraca – afirmou Alvo meio intrigado. – Foi o fanatismo do vândalo que provocou isso.
– Acho que me expressei mal – confirmou Escórpio revirando os olhos. – Foram uns tchecos que a atacaram. Eles estavam devendo mais ouro do que Bagman, e resolveram atacar seus credores.
– Como sabe de tanta coisa? – Alvo estava inda mais intrigado.
– Porque eu vi tudo bem diante dos meus olhos – garantiu com um sorriso desdenhoso. – Estive escondido aqui o tempo todo. Vi eles destruindo e vi os agentes do ministério intervindo.
– Por que não está com seus pais?
– Porque prefiro a solidão – disse Escórpio sem muito arrependimento. – Meus pais me amam, mas não como um filho querido. Às vezes acho que é mais por uma obrigação do que por amor, propriamente dito. Sempre foi assim com os Malfoy. Eles me tratam bem, mas preferem fazer as coisas que gostam que sacrificar-se por mim. E agora que desrespeitei a continuidade dos Malfoy na Sonserina... Sempre foi assim, e não mudará o jeito de ser. É assim comigo, foi assim com meu pai e certamente com o meu avô. Eu não sei. Nunca tivemos uma conversa muito longa...
Escórpio se mostrava realmente aborrecido como o fato do avô paterno, Lúcio Malfoy, o notório Comensal da Morte, ter abandonado a família e fugido para um lugar que ninguém sabe onde. Muitos alegam que Lúcio está morto, mas Alvo e Escórpio sabem que não. No final do último ano letivo, Alvo ouvira de uma fonte muito confiável que Lúcio ainda está vivo. Mas ele não fazia idéia de onde.
– Como ele era? – perguntou Alvo se aproximando de Escórpio, que continuava recostado na árvore.
– Silente e frio. Além de não ter o menor jeito com crianças – respondeu Malfoy rispidamente. – Quase nunca falava em público e ficava sempre recatado na biblioteca. Nas raras ocasiões que abria a boca só servia para insultar e menosprezar o trabalho de meu pai. A velhice o tornou um bruxo pior do que já era. Seu arrependimento é falso. Todos sabem, e até papai e vovó alegam o mesmo. Tolo foi o

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