suicidar
se ele dissesse da maneira correta. E ele ensinou aos que se mostravam dignos
seus dotes da palavra em troca de pequenos favores. Muitas vezes ele pedia que
lhe dessem maior conhecimento nas áreas em que ele se mostrava com um desprezível
nível de inferioridade. Digo isso porque o Lorde das Trevas era tão bom que se
assemelhava a uma arma perfeita.”
–
Meu pai aprimorou suas habilidades de Legilimência – falou Mulciber com sua voz
ressoante como se vinda de um amplificador sonoro. – E melhorou suas
capacidades de blindar a mente. O Lorde das Trevas já era um bom conhecedor das
artes de controle mental, e com a ajuda de meu pai ele se tornara uma mente
fechada e um grande manipulador.
–
Se ele estivesse presente poderia invadir seus pensamentos, remexer em suas
lembranças e forçá-lo a fazer o que ele queria – afirmou o de cabelos longos
com um ar de adoração pelo milorde. – Ele borraria sua mente e o torturaria,
forçando-o a implorar pela morte. E quando dito isso, ele, como um esplêndido
bruxo que era, concordaria com seu pedido e o mataria, sem deixar vestígios.
–
Ainda bem que ele está morto – riu Pascal, mas logo se arrependeu de tê-lo
feito.
Não
dava para se saber qual foi a reação facial dos homens sombras por causa de
suas máscaras, mas certamente não foram nada agradáveis. O gordão cerrara os
punhos que ficaram tão espessos quanto uma bigorna. O de ombros largos xingou
alto e estalou os ombros como se pronto para uma luta. O mais jovem levou a mão
para dentro das vestes, apalpando-as à procura de sua varinha, mas o de cabelos
longos foi mais rápido e apontou sua varinha para o corpo de Pascal.
–
Crucio! – berrou.
A
maldição passara rapidamente da varinha do homem sobra para o corpo de Pascal,
que caiu como um saco no gramado plano sujo de terra e folhas secas, se
contorcendo como uma minhoca sendo esmagada. Ele se debatia freneticamente se
assemelhando a um ataque epilético. Seus dentes rangiam enquanto ele tentava
trincá-los e os punhos se debatiam em suas pernas conforme ele tentava lutar
contra a maldição.
–
Em Durmstrang nós aprendíamos a acostumar nossos corpos à Cruciatus. Esse verme deveria tê-lo aprendido. Talvez não ficasse
em uma situação tão humilhante.
Durante
alguns minutos os Comensais da Morte ficaram observando o Sr Tavares se
contorcer e se debater como um peixe fora d’água. Por mais que Alvo não
gostasse do Sr Tavares, ele não podia ficar vendo aquilo. Era horrível e cruel.
Uma atitude covarde e desleal que ele repudiara mais do que tudo desde que vira
Yaxley fazer o mesmo com Mylor Silvano.
–
Crucio – disse o comensal desfazendo
a maldição. Eu disse para ter cuidado com as palavras.
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