sábado, 20 de outubro de 2012

A última reunião do Sr Tavares, pág 13



– Eu não gosto da Rússia – bufou Vulchanov revirando os olhos. – Minha família sempre teve problemas com russos. Os Dolohov também sabem como é. Malditos russos!
– Isso não importa. – O homem sombra de cabelos longos levantou sua mão, coberta por uma luva negra de couro, silenciando Vulchanov. – Viemos aqui para cuidar de você, Pascal. Você não tem seguido com nossos planos e está rejeitando minhas chamadas.
– Posso explicar...
– Não, não pode. Acha que nós somos como a Sociedade da Serpente de Yaxley? Acha que pode se envolver conosco por um tempo até perder a graça e voltar para sua vidinha desprezível? Agora que já nos ajudou a enfeitiçar os aurores para que eles caíssem no sono e desnortear o ministro para que nós invadíssemos Azkaban não pode voltar atrás. Você não carrega a Marca Negra como nós, mas é tão marcado quanto! – ele fez uma pausa onde deveria ter umedecido seus lábios. Alvo tampava a boca e as narinas com a mão para que sua respiração não fosse ouvida. Ele estava com o coração palpitando mais rápido do que nunca.
– Vocês me disseram que eu não estaria me envolvendo em nada que contrariasse meus ideais! Disseram que não seria a mesma coisa que implorar para me juntar a vocês. Disseram que após terem conseguido libertar seus colegas Comensais da Morte me deixariam livre para fazer o que bem entendesse!
– Você sabe demais – falou o gordo como se aquela fosse a frase mais longa de sua vida. – Já trabalhamos com duendes e demais bruxos os quais nos ajudaram em tarefas menores que a sua, mas você exigira saber quem éramos e o que pretendíamos. Sua mente carrega informações e dados que não poderíamos confiar a outro que não nosso aliado.
– E você não se mostrou um bom aliado – completou o de cabelos longos. – E você tem de aprender a não confiar em tudo o que diz.
Como?
– Pascal, não se faça de um tolo ainda maior do que nós sabemos que você é! Desde o princípio sabia com quem estava lidando e deveria ter conhecimento que a palavra de um Comensal da Morte deve ser estudada com mais atenção que a dos demais. Nós fomos instruídos a falarmos o que queremos, mas sem dar pistas e motivos para que os outros acreditem no que de fato queremos. Nossa voz tem o dom do convencimento e sabemos como usar os diferentes tons de voz em cada circunstância.
“Nós podemos distorcer o que dizemos em nosso bem pessoal. Assim escapamos do Ministério o quanto quisermos. O que dizemos de dia, como palavras de consolo, pode servir facilmente para lhe apunhalar durante a noite. O Lorde das Trevas sempre fora um homem de grande carisma e de uma palavra que faria você se

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