terça-feira, 19 de junho de 2012

Trancabola, pág 7


Alvo. – Creio que nossa prosa já tenha atingido os limites da ignorância. Boa noite, rapazinho. E se quer um conselho: volte para cama. O Sr Silva ficaria muito feliz em te ver aqui fora nesta hora, e você não ficaria muito feliz de vê-lo aqui fora nesta hora.
Menos nervoso, mas não menos tenso – Alvo conseguira voltar para a Torre Oeste em segurança. Quando chegara a passagem que dava para a sala, o falcão o aguardava em seu poleiro muito irritado, por isso a serenata que cantada fora dita em versos rápidos, os quais Alvo teve certeza de ter ouvido um palavrão em português. Quando voltou para seu quarto teve o cuidado de abrir a porta sem fazê-la ranger. Mas infelizmente não teve o cuidado de olhar por onde pisava, e acabara chutando alguma coisa fofa e peluda, que soltara um guincho e o arranhara.
Dexter estava de tocaia na porta de seu quarto e fora brutalmente arremessado quando Alvo entrara no quarto. O furão de Rosa arrepiara os pelos de suas costas mostrando os dentes e as presas quando conseguira se estabilizar no chão escuro, arranhando a madeira para que não caísse.
– O que está fazendo aqui, seu bicho idiota? – resmungou Alvo baixinho para a criatura que ainda ronronava. – Quer acordar todo mundo? Chô, chô, chô, sai logo daqui!
E sob ameaças, Dexter saiu correndo com suas patinhas curtas arranhando mais ainda o chão de tábuas corridas do dormitório que Alvo se encontrava.
Sem fazer nenhuma pergunta para si próprio sobre Dexter ou sobre o bruxo que vagava pela escola durante a madrugada (o qual ele já tinha uma noção de quem era), Alvo mergulhou em suas cobertas e desejou que não acordasse mais antes que o sol atravessasse as cortinas e chegasse a clarear seu rosto.

– Como pode estar fazendo acusações desta magnitude?! – Rosa estava chocada quando Alvo revelara para ela durante o café da manhã sobre seu encontro com Mira-Fácil, as revelações que o fantasma fizera e de suas especulações.
– Você deveria saber que não somos muito bons para fazer cogitações sobre as pessoas que não conhecemos – continuou Rosa continuando seu café da manhã, mas sem tocar no cálice com suco de abóbora. Rosa temia que a Profª Donato tentasse fazer mais alguma experiência com sua bebida. Por isso, ela se assegurou de sentar-se o mais longe possível da professora de Transformação, assim como Alvo fizera com relação ao Sr Tavares. – Ano passado afirmávamos que o Prof Silvano estava tramando toda aquela conspiração do Olho entre os Mundos e no final ele só queria nos proteger. E tudo a mando do retrato do Prof Dumbledore. E veja no que deu... Ele agora está no St Mungus sem data de alta.
– Mas no final das contas nós pegamos o bandido e impedimos que ele completasse seus planos – ponderou Alvo meio convencido de que seria difícil fazer com que Rosa aceitasse suas acusações. – Escute, o Mira-Fácil disse que a pessoa que

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