Alvo.
– Creio que nossa prosa já tenha atingido os limites da ignorância. Boa noite,
rapazinho. E se quer um conselho: volte
para cama. O Sr Silva ficaria muito feliz em te ver aqui fora nesta hora, e
você não ficaria muito feliz de vê-lo aqui
fora nesta hora.
Menos
nervoso, mas não menos tenso – Alvo conseguira voltar para a Torre Oeste em
segurança. Quando chegara a passagem que dava para a sala, o falcão o aguardava
em seu poleiro muito irritado, por isso a serenata que cantada fora dita em
versos rápidos, os quais Alvo teve certeza de ter ouvido um palavrão em
português. Quando voltou para seu quarto teve o cuidado de abrir a porta sem
fazê-la ranger. Mas infelizmente não teve o cuidado de olhar por onde pisava, e
acabara chutando alguma coisa fofa e peluda, que soltara um guincho e o
arranhara.
Dexter
estava de tocaia na porta de seu quarto e fora brutalmente arremessado quando
Alvo entrara no quarto. O furão de Rosa arrepiara os pelos de suas costas mostrando
os dentes e as presas quando conseguira se estabilizar no chão escuro,
arranhando a madeira para que não caísse.
–
O que está fazendo aqui, seu bicho idiota? – resmungou Alvo baixinho para a
criatura que ainda ronronava. – Quer acordar todo mundo? Chô, chô, chô, sai
logo daqui!
E
sob ameaças, Dexter saiu correndo com suas patinhas curtas arranhando mais
ainda o chão de tábuas corridas do dormitório que Alvo se encontrava.
Sem
fazer nenhuma pergunta para si próprio sobre Dexter ou sobre o bruxo que vagava
pela escola durante a madrugada (o qual ele já tinha uma noção de quem era),
Alvo mergulhou em suas cobertas e desejou que não acordasse mais antes que o
sol atravessasse as cortinas e chegasse a clarear seu rosto.
–
Como pode estar fazendo acusações desta magnitude?! – Rosa estava chocada
quando Alvo revelara para ela durante o café da manhã sobre seu encontro com
Mira-Fácil, as revelações que o fantasma fizera e de suas especulações.
–
Você deveria saber que não somos muito bons para fazer cogitações sobre as
pessoas que não conhecemos – continuou Rosa continuando seu café da manhã, mas
sem tocar no cálice com suco de abóbora. Rosa temia que a Profª Donato tentasse
fazer mais alguma experiência com sua bebida. Por isso, ela se assegurou de
sentar-se o mais longe possível da professora de Transformação, assim como Alvo
fizera com relação ao Sr Tavares. – Ano passado afirmávamos que o Prof Silvano
estava tramando toda aquela conspiração do Olho entre os Mundos e no final ele
só queria nos proteger. E tudo a
mando do retrato do Prof Dumbledore. E veja no que deu... Ele agora está no St
Mungus sem data de alta.
– Mas no final das contas
nós pegamos o bandido e impedimos que ele completasse seus planos – ponderou
Alvo meio convencido de que seria difícil fazer com que Rosa aceitasse suas
acusações. – Escute, o Mira-Fácil disse que a pessoa que
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